A ex-presidenta Dilma Rousseff recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (27) após ficar internada por uma semana devido a uma inflamação no nervo do labirinto, condição conhecida como neurite vestibular. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa de Dilma, que informou que ela já retomou suas atividades normais na sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco do Brics, em Xangai, na China.
Dilma foi internada no dia 21 de fevereiro no Shanghai East International Medical Center, onde recebeu tratamento para a patologia. Segundo especialistas consultados pela Agência Brasil, a neurite vestibular não oferece risco à vida, mas causa extremo desconforto, como tonturas e desequilíbrio.
O que é neurite vestibular?
A otoneurologista Lisandra Arima, do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia, explicou que o labirinto é um “sexto sentido” que funciona como um sensor de movimento, percebendo a aceleração da cabeça. Associado à visão e ao tato, ele faz parte do sistema de equilíbrio do corpo. A inflamação no nervo do labirinto, portanto, afeta diretamente essa função, causando sintomas como vertigem e náuseas.
Retorno ao trabalho
Dilma Rousseff preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) desde abril de 2023, onde lidera projetos de financiamento para os países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Atualmente, o banco tem cerca de 100 projetos em andamento, totalizando aproximadamente US$ 33 bilhões em investimentos.
Em outubro de 2024, o presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu a Dilma a indicação para mais um mandato de cinco anos à frente da instituição. A decisão foi tomada porque cabia à Rússia indicar o próximo chefe do banco. O novo mandato deve começar em julho de 2025.
Condições de saúde
Apesar do desconforto causado pela neurite vestibular, Dilma reagiu bem ao tratamento e já está de volta às suas funções. A ex-presidenta tem mantido uma agenda intensa à frente do NBD, trabalhando em iniciativas que visam fortalecer a cooperação financeira entre os países do bloco.
A alta hospitalar e a rápida recuperação de Dilma são vistas como um alívio para seus aliados e para a equipe do banco, que segue com os planos de expansão e desenvolvimento de novos projetos.
