Citigroup deposita erroneamente US$ 81 trilhões em conta de cliente; erro só foi detectado horas depois
Um erro bancário de proporções astronômicas chamou a atenção do mercado financeiro nesta semana. O Citigroup, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, depositou acidentalmente US$ 81 trilhões — o equivalente a R$ 471,7 trilhões — na conta de um cliente, segundo informações do jornal britânico Financial Times. A quantia correta a ser transferida era de apenas US$ 280 (R$ 1.630,40).
O incidente ocorreu em abril do ano passado, mas só veio à tona agora. De acordo com o Financial Times, o erro passou despercebido por dois funcionários do banco: um responsável por realizar o pagamento e outro encarregado de verificar a transação antes de sua aprovação.
Foi apenas um terceiro funcionário, responsável por monitorar os saldos das contas do banco, que identificou o problema 1h30 após a transferência. No entanto, o valor só foi revertido várias horas depois, segundo o jornal.
Como o erro aconteceu?
O caso ocorreu durante um processo de pagamento de juros de um empréstimo. O sistema do Citigroup permitiu que o valor de US$ 81 trilhões fosse inserido manualmente, sem bloqueios automáticos para valores absurdamente altos. A falha humana, combinada com a falta de verificações robustas, resultou no erro monumental.
Impactos e consequências
Apesar da gravidade do erro, o cliente não teve acesso ao valor depositado erroneamente, e o problema foi corrigido antes que pudesse causar danos maiores. No entanto, o caso levanta questões sobre os controles internos do Citigroup e a segurança dos sistemas bancários.
O Citigroup, que já enfrentou multas e sanções por falhas operacionais no passado, afirmou que está revisando seus processos para evitar que incidentes semelhantes ocorram no futuro.
Contexto
Este não é o primeiro erro de grande proporção envolvendo o Citigroup. Em 2020, o banco transferiu acidentalmente US$ 900 milhões para credores da Revlon, uma empresa de cosméticos. Na ocasião, parte dos credores se recusou a devolver o dinheiro, resultando em uma batalha judicial que só foi resolvida em 2023.
O caso recente reforça a importância de sistemas automatizados e verificações rigorosas em transações financeiras, especialmente em instituições de grande porte como o Citigroup.