Dez produtos não continham nenhuma grama de substância, revelando fraudes no mercado de materiais
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) reprovou 18 marcas de creatina, destacando problemas graves no conteúdo comercializado. O laudo, divulgado quinta-feira (10), nesta quinta-feira (10), fornecido que dez dessas marcas, fabricados por quatro empresas diferentes, não continham nenhuma quantidade da substância em suas embalagens, contrariando as informações indicadas nos rótulos. Uma única empresa é responsável por cinco das dez marcas totalmente desprovidas de creatina.
No total, a análise contém 88 produtos disponíveis no mercado e comparados às informações do rótulo com o conteúdo real das embalagens. Em relação ao estudo anterior, de 2023, 21% das marcas que tinham sido reprovadas melhoraram seus resultados e foram aprovadas nesta edição.
A legislação brasileira permite uma variação de até 20% entre a quantidade de creatina declarada no rótulo e presente no produto. O laudo da Abenutri classificou os produtos em cinco categorias, de acordo com o percentual de creatina encontrado. No topo, 48 marcas foram aprovadas com a presença de creatina variando entre 0% e 5% da quantidade declarada. Outras 13 marcas foram aprovadas em categorias competitivas, com variações entre 5,1% e 20%.
Os fabricantes das marcas reprovadas já estão tomando medidas judiciais para contestar a divulgação dos resultados, que podem impactar a confiança dos consumidores.
Para conferir a lista completa das marcas avaliadas, aprovadas e reprovadas, a Abenutri disponibilizou o laudo em seu site oficial.
