A cidade de Estância perdeu, nesta sexta-feira (15), uma de suas figuras mais notáveis e queridas. José Félix dos Santos, reconhecido como o maior memorialista da cidade, faleceu aos 92 anos, deixando um legado imensurável para a história, a cultura e o esporte local. Natural de Lagarto, a “cidade ternura”, ele se tornou um verdadeiro filho de Estância, adotando a cidade como sua terra do coração desde os dois anos de idade.
Trajetória de vida e raízes em Estância
José Félix nasceu em 6 de abril de 1932, em Lagarto, terra dos intelectuais Silvio Romero e Laudelino Freire. Filho de Manoel Félix dos Santos e Maria Conceição, ele mudou-se para Estância em 1934, fixando residência inicialmente no “Caminho do Porto” e, posteriormente, no bairro Santa Cruz. Foi ali que ele criou laços de amizade que durariam a vida inteira, como com Antônio Rosa de Jesus, conhecido como Varão.
Ainda jovem, ajudou o pai na pequena padaria da família, vendendo pães pelas ruas da cidade e entregando-os em usinas da região. Sua dedicação ao trabalho o acompanhou na juventude, quando também trabalhou na Fábrica de Vidro São Domingos e na Fábrica de Tecidos Santa Cruz. Além disso, estudou música na Filarmônica Recreio Estanciano, onde desenvolveu sua paixão pela arte.
O corpo está sendo velado no Velatório PAS, no centro de Estância, e o sepultamento será realizado às 16h, no cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Estância. José Felix foi presidente e colaborador da Filarmônica de Estância, jogou pelo Santa Cruz e era pai do desembargador Gilson Félix.
Com informações do estanciaagora e tribuna cultural