Ministério Público decidirá se vai seguir com a denúncia
O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por envolvimento em lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Operação Integration, que investiga atividades ilegais relacionadas a jogos de apostas e lavagem de dinheiro. A operação tem 53 alvos, incluindo empresários, bicheiros e a influenciadora Deolane Bezerra. O indiciamento do cantor ocorreu em 15 de setembro de 2024, e agora cabe ao Ministério Público decidir se apresentará uma denúncia formal à Justiça.
Durante a investigação, a polícia encontrou R$ 150 mil em um cofre na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima em Goiânia, além de 18 notas fiscais da GSA Empreendimentos, totalizando mais de R$ 8 milhões. A defesa de Gusttavo Lima alegou que o dinheiro era para pagamento de fornecedores e que os valores nas notas fiscais foram declarados com os impostos devidamente pagos. Além disso, afirmaram que o contrato da empresa possuía cláusula anticorrupção, o que levou à suspensão de qualquer envolvimento com os investigados.
A situação de Lima se agravou quando teve a prisão preventiva decretada por suspeitas de ajudar outros investigados a fugir da justiça e de estar envolvido no esquema de lavagem de dinheiro por meio da Balada Eventos. Entretanto, no dia seguinte à decisão, um desembargador revogou a ordem de prisão e suspendeu as medidas cautelares impostas ao cantor, como a suspensão de passaporte e do porte de arma.
O cantor, que estava no exterior cumprindo compromissos profissionais no momento da ordem de prisão, retornou ao Brasil em 25 de setembro e, durante um show em Marabá, no Pará, comentou com o público sobre a importância da honestidade, numa aparente referência à sua situação.
A decisão agora está nas mãos do Ministério Público, que analisará o caso para decidir se apresentará uma denúncia formal à Justiça.