Com a campanha, o Núcleo de Atenção Psicossocial (Naps) reforça a importância de cuidar da mente com a ajuda de profissionais
Comprometida com a saúde mental dos profissionais, a Polícia Científica de Sergipe criou o Núcleo de Atenção Psicossocial (Naps), setor que disponibiliza atendimento com uma equipe multidisciplinar de psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Com a Campanha do Janeiro Branco, o tema da saúde mental é destaque e reforça a importância de ter um espaço de acolhimento e diálogo em um ambiente de trabalho como o da segurança pública, em que a pressão e atividades de risco são rotineiras.
Formada por quatro institutos, o Instituto Médico Legal, Instituto de Identificação, Instituto de Análises e Pesquisas Forenses e o Instituto de Criminalística, localizados em diferentes endereços, o Naps da Polícia Científica promove atendimento presencial em todos os locais, em diferentes dias e horários, além dos atendimentos de urgência.
A psicanalista do Naps, Michelle Oliveira, ressalta que é muito importante que o servidor procure ajuda antes de chegar a, de fato, ter uma crise.
“Os profissionais da segurança vivem e convivem diariamente com situações de risco e de pressão. Por exemplo, os plantonistas, eles não se desligam automaticamente assim que encerram seu expediente, eles permanecem, pelo menos, nas próximas 24 horas, vivendo como se estivesse na mesma pressão. Na carreira policial, tudo aquilo que o agente presencia e vive no local de trabalho continua fazendo parte da sua rotina pessoal. Muitas vezes, ele acha que está bem, mas, se analisar melhor, percebe que já vem dando pequenos sinais. Portanto, assim que perceber esses sinais, é muito importante procurar ajuda de um profissional”, declara.
A perita criminal Vera Silva utiliza o serviço e incentiva os colegas a inserir o apoio psicossocial em suas rotinas.
“A gente precisa prevenir e evitar que alguns problemas se instalem para não ter que chegar ao ponto de se afastar do trabalho ou de se colocar em uma condição mais complexa. É preciso se despir de preconceitos e de resistências, entender que é um trabalho de manutenção da nossa mente e que, assim como o nosso corpo, a nossa mente também precisa desse cuidado para que a gente se mantenha funcional e bem. É um privilégio ter um núcleo nosso, poder usufruir de serviços tão essenciais e é por isso que eu valorizo e espero que os meus colegas também”, diz a perita.
O Naps
Criado em maio de 2024, o Núcleo de Atenção Psicossocial (Naps) é financiado com recursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Atualmente, o núcleo possui sala específica de atendimento nos institutos de Identificação e de Medicina Legal. Ainda neste ano de 2025, o instituto de Análises e Pesquisas Forenses e o instituto de Criminalística também terão local fixo para o atendimento. O servidor que deseja ter acesso ao serviço do Naps deve ir até o Instituto de Identificação ou Instituto Médico Legal, procurar a psicanalista Michele Oliveira ou a papiloscopista Elileina Góis, coordenadora do núcleo, e manifestar o interesse.