O tenente-coronel Mauro Cid, figura central na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de liderar uma tentativa de golpe, tem vivido de forma reclusa no Setor Militar Urbano, em Brasília. Localizado a nove quilômetros do Palácio do Planalto, onde trabalhou por quatro anos, Cid tem evitado contato externo e raramente é visto em público.
De acordo com vizinhos, Mauro Cid mantém as janelas de sua residência permanentemente fechadas, possivelmente para evitar que imagens suas sejam capturadas. Ele só foi visto recentemente saindo de casa para uma breve caminhada de menos de cinco minutos até um restaurante que vende marmitas.
Mauro Cid é apontado como uma das peças-chave na investigação que envolve o ex-presidente Bolsonaro. A PGR alega que ele teria participado de ações que visavam desestabilizar as instituições democráticas, incluindo a divulgação de informações falsas e a articulação de atos golpistas.
A denúncia contra Bolsonaro e seus aliados tem gerado intenso debate político no país. Enquanto alguns defendem a necessidade de investigação e punição, outros criticam o que consideram uma perseguição política. A situação de Mauro Cid reflete a tensão e o isolamento enfrentados por aqueles envolvidos no caso.
Enquanto aguarda os desdobramentos do processo, Mauro Cid segue vivendo de forma discreta, longe dos holofotes. A expectativa é que ele seja convocado a depor nas investigações, o que pode trazer novos detalhes sobre o suposto plano golpista.