Plantas alienígenas de Sergipe

Redação, 03 de Fevereiro , 2021 - Atualizado em 03 de Fevereiro, 2021


Plantas alienígenas de Sergipe Artigo publicado na revista científica “Neotropical Biology and Conservation” por discentes e o Professor Dr. Juliano Ricardo Fabricante, Laboratório de Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Departamento de Biociências, Campus de Itabaiana, Universidade Federal de Sergipe, apresenta a primeira lista de espécies de plantas alienígenas do Estado. Ao todo foram encontradas 83 espécies, número esse, considerado extremamente elevado.

Segundo os autores do estudo, uma planta alienígena (ou exótica invasora) é uma espécie que foi introduzida de forma intencional ou acidental em locais diferentes de sua área de distribuição natural e nesse novo ambiente causa impactos ambientais, econômicos, sociais ou culturais. As invasões biológicas (processo causado pelas espécies alienígenas) são consideradas uma das principais causas de perda de biodiversidade no planeta. É um problema global e em constante crescimento. Devido sua importância, vários países já adotaram estratégias para erradicação dessas espécies assim como para se evitar a ocorrência de novos casos. O Brasil está bastante atrasado nesse sentido. Alguns poucos Estados possuem políticas públicas voltadas para o tema e Sergipe não é um deles.

Só como forma de ilustrar a questão, várias dessas espécies causam prejuízos substanciais a agricultura e pecuária. Os alimentos chegam mais caros e mais contaminados as nossas casas em razão dessas espécies. Para combatê-las, os agricultores usam potentes agrotóxicos que além de contaminar os alimentos e o meio ambiente, ainda geram gastos extras no processo de produção. Essas espécies também empobrecem os solos, tornando-se necessário o uso constante de adubos químicos, o que significa mais contaminação e gastos.

Algumas espécies encontradas no estudo merecem destaque pelo seu comportamento extremamente agressivo, a exemplo da leucena, amendoeira-da-praia, mata-fome, jaqueira, nim, dentre outras, incluindo várias gramíneas. São espécies capazes de alterar de forma significativa a diversidade e o funcionamento dos locais invadidos.

Com a publicação desse artigo, esperamos que o poder público do Estado tome as medidas cabíveis, como a publicação de uma Resolução que oficialize essa lista de espécies e proíba a produção de mudas nos viveiros públicos em todo o território estadual, a utilização, doação e o estímulo ao uso dessas espécies em campanhas públicas e educativas, na arborização de praças, vias públicas e propriedades do Estado, assim como em projetos de recuperação de áreas degradadas e de compensação ambiental.

 *Para ler o artigo na íntegra, acesse: https://neotropical.pensoft.net/article/56427/

*Para mais informações e para entrar em contato com os autores, acesse: https://jrfabricante.wixsite.com/ecologia

Por: UFS


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