Deputado Bosco Costa (PL) na bronca com o Governo Bolsonaro: “Eu quero uma posição de ‘sim’ ou ‘não’.

Redação, 02 de Julho , 2021 - Atualizado em 02 de Julho, 2021


Contrariado por não ter conseguido emplacar apadrinhado em órgão federal em Sergipe, o deputado Bosco Costa, do PL, ameaça deixar a base do governo
 
 
Nesta semana, o deputado federal Bosco Costa, do PL de Sergipe, enviou um áudio para um assessor de Flávia Arruda, ministra-chefe da Secretaria de Governoe sua colega de partido.

Na mensagem gravada, à qual O Antagonista teve acesso, o parlamentar, com a fala mansa, cobra a concretização de uma indicação dele para a superintendência da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) em seu estado e ameaça abandonar a base do governo Bolsonaro caso não tenha uma posição do Palácio do Planalto.

 
Ele diz que as indicações feitas por “todos os deputados” de Sergipe “estão saindo”, menos a dele.

Escute aqui:

 https://www.oantagonista.com/brasil/exclusivo-o-audio-que-escancara-o-toma-la-da-ca-no-governo-bolsonaro/?utm_source=oa-site&utm_medium=push&utm_campaign=exclusivo-o-audio-que-escancara-o-toma-la-da-ca-no-governo-bolsonaro

“Eu quero uma posição de ‘sim’ ou ‘não’. Eu não vou esperar muito tempo por essa situação, que está me constrangendo lá no estado. E eu preciso resolver de uma forma ou de outra: ou sou governo ou não sou governo”, acrescenta, em evidente tom de chantagem.

Por telefone, o deputado confirmou a veracidade do áudio, a cobrança feita ao assessor da ministra (que se chama Flávio) e disse que “o problema não está resolvido ainda”.

Segundo Bosco Costa, tal indicação foi “um entendimento” feito entre ele, o líder do PL na Câmara, deputado Wellington Roberto, e o então ministro da Secretaria de Governo Luiz Eduardo Ramos, hoje na Casa Civil.

“Não me lembro a data, mas foi no fim da gestão do Ramos. A ministra Flávia assumiu sabendo e ciente dessa situação”, afirmou o parlamentar, defendendo que a indicação que tem a fazer é de uma pessoa “técnica”.

Perguntamos ao deputado se ele não entende que essa postura é o “toma lá, dá cá” escancarado. Com a mesma tranquilidade com que gravou o áudio para o assessor do Planalto, ele respondeu:

“Não, não é bem isso. É uma questão de entendimento. Eu sempre fui político, sou político, me orgulho muito de ser político, mas eu nunca ‘fui governo’ pelo toma lá, dá cá. É pela questão do acerto. Eu defendo a tese de que ‘se eu não acertei, eu não tenho nenhum compromisso’.”

O deputado acrescentou que, se for realmente confirmada, a indicação ao órgão federal será a sua primeira no estado. Além do que ele chama de “entendimento” para o loteamento desse cargo, ele admitiu ter conseguido verbas extras: “Consegui, com muita transparência”.

Em 2019, Bosco Costa teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral(TRE) de Sergipe por uma série de irregularidades na prestação de contas da campanha. Ele recorreu e conseguiu se segurar no cargo.

O PL é um dos principais partidos do Centrão que, por meio do seu dono, Valdemar Costa Neto, se aproximou de Jair Bolsonaro em meio à pandemia para garantir, em contrapartida a cargos e emendas, a sustentação do governo no Congresso.

O PL é também um dos partidos que, nos bastidores, mais seguram a abertura de processo de impeachment do presidente.


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