Dono de cachorro morto em avião indo para Sergipe: 'As companhias aéreas tentam se omitir ao máximo'

Redação, 21 de Outubro , 2021 - Atualizado em 21 de Outubro, 2021


O último 14 de outubro era para ser um dia feliz na vida do engenheiro civil Giuliano Conte: era o seu aniversário de 29 anos e ele tinha viajado de São Paulo a Sergipe com a esposa, grávida de três meses, com quem casara poucos meses antes na capital. Em meio às comemorações, ele foi ao aeroporto Internacional de Aracaju receber seu cachorro Weiser, um American Bully de quatro anos. Após cerca de uma hora do pouso, já ressabiado com a demora, Conte foi chamado pela supervisão da Latam e recebeu a notícia que mudaria o clima festivo da data: seu cão falecera durante o voo. A noiva, grávida, precisou ser "blindada" pela família para não sofrer com o estresse emocional. A morte foi a segunda de um pet envolvendo a companhia aérea em menos de um mês, o que resultou na decisão da Latam de suspender, por 30 dias, esse serviço de transporte.

— Esse momento está sendo complicado, mas espero que o episódio sirva de exemplo, para que não se repita mais. As companhias aéreas tentam se omitir ao máximo sobre essas situações — afirmou Giuliano Conte, que ainda não se decidiu se tomará medidas judiciais contra a Latam. — Estamos muito abalados, vamos esperar a poeira abaixar.

Os problemas envolvendo o voo de Weiser começaram, na verdade, há mais de um mês, no dia 7 de setembro, quando o cachorro não pode embarcar com Conte no retorno de São Paulo para Aracaju, onde o casal, originário de Barueri, vive há quase dois anos. Naquele momento, a Latam alegou que, por causa da raça e do porte do American Bully, que vem da família dos pitbulls, Weiser não poderia viajar no mesmo voo de seu dono, mas sim num voo posterior de carga, da Latam Cargo. Isso representou, porém, uma mudança de protocolo, pois, em agosto, o cão havia viajado junto com os donos, de Aracaju para São Paulo, numa caixa de acrílico, no porão do avião, sem maiores dificuldades.

Conte, então, seguiu para Aracaju, e Weiser permaneceu em São Paulo, com sua esposa e a família. A fim de atender os protocolos do novo voo, uma caixa de madeira precisou ser feita, com a largura do dobro do tamanho do cão.


— No outro voo, mesmo no compartimento, ele não teve problemas. Acredito que era um ambiente melhor, assim como a caixa, de acrílico, padrão de petshop. Mas nessa nova caixa de madeira, acredito que a viagem tenha sido mais estressante. Nos dias anteriores, minha esposa até tentou acostumá-lo, colocando a cama dele dentro da caixa. Fizemos tudo conforme solicitado — explicou Conte, que conta que Weiser ficou dentro da caixa, no dia do voo, desde às 8h, mesmo com o voo marcado para às 12h30, por determinação da Latam, que pediu uma antecedência de 4 horas, o que pode ter aumentando o estresse do animal.

Conte diz que ainda não sabe o laudo da causa da morte identificado pela necrópsia, que tem um prazo de 30 dias para sair. No dia do ocorrido, no entanto, a Latam lhe informou que ele teria se asfixiado após roer e engolir um pedaço do kennel (caixa de transporte de pets) de madeira. A mesma versão foi dada pela própria Latam à imprensa, que cita um "laudo emitido pela clínica veterinária que atendeu o Weiser".

Por: Extra


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