É o fim do Uber no Brasil? Ministro Luiz Marinho do PT propõe que estatal substitua o aplicativo de transporte
Depois de dizer que apoia a extinção do aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ele agora afirmou que, se o Uber sair do Brasil, os Correios podem fazer esse serviço
O ministro do Trabalho, Luis Marinho, fez algumas declarações polêmicas nas últimas semanas. Depois de dizer que apoia a extinção do aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ele agora afirmou que, se o Uber sair do Brasil, os Correios podem fazer esse serviço. A carta veio após uma proposta de regulamentação dos serviços prestados pela empresa.
As declarações do ministro Luis Marinho foram feitas em entrevista ao jornal Valor Econômico. O anúncio veio no contexto de que o Departamento do Trabalho deve impor regulamentações trabalhistas a quem presta o serviço pelo aplicativo, incluindo pessoas que prestam serviços à Uber. Questionada sobre a possível recusa da empresa americana, a proposta foi usar os Correios.
“Posso ligar para os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituí-lo. O aplicativo está em grande número no mercado”, disse Marinho.
Segundo Marinho, a Uber já ameaçou deixar a Espanha se houver regulamentação trabalhista, situação que a empresa negou. Em sua defesa, a empresa de transportes afirmou que os próprios trabalhadores espanhóis se opõem a esse tipo de organização. A decisão naquele país havia reduzido o número de pessoas empregadas na atividade.
O que vai mudar para os trabalhadores da Uber?
Hoje, os trabalhadores que prestam serviços por meio do Uber se cadastram na plataforma de forma independente. Não é necessário abrir uma empresa, não há relação comercial, pois o motorista ou entregador se comporta no momento que achar mais interessante, e nos dias que quiser.
No entanto, a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deveria ser responsabilidade do ministro Luis Marinho, é dar garantias a essas pessoas. Isso porque, em caso de perda do veículo de trabalho, roubo, acidentes, ou qualquer outra situação eventualmente, o cidadão se sente prejudicado “sozinho”, sem qualquer ajuda.
Marinho disse que algumas propostas estão sendo harmonizadas, como a inclusão desses trabalhadores no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Ele disse que, no momento, não há nada decidido para incluí-los na CLT (Unificação das Leis do Trabalho). Por fim, Marinho disse que não se importa com a posição da Uber.
“Me disseram: ‘E se a Uber sair?’ Problema do Uber. Não estou preocupado”, disse o ministro.
RBN
Siga os canais do Portal 93 Notícias: YouTube, Instagram, Facebook, Threads e TikTok
Participe da comunidade da 93 Notícias no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.
As Mais Lidas
- VÍDEO: Professora de escola municipal maltrata criança em sala de aula no interior de Sergipe
- Homem é preso em Campo do Brito por tráfico de drogas e violência doméstica
- Secretaria de Saúde reforça orientações para casos de síndromes gripais em crianças
- Programa Minha Casa Minha Vida lança novas diretrizes para ampliar acesso à moradia
- Homem mata ex-companheira a facadas no interior de Sergipe