As facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comboio do Cão (CDC) estão protagonizando disputas territoriais intensas, inclusive dentro do complexo penitenciário da Papuda. Uma carta interceptada pelas autoridades, escrita por um membro da organização paulista, revelou o pedido de socorro e o temor do grupo liderado por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, de ser alvo de violência por parte dos integrantes do comboio.

O manuscrito, destinado à "sintonia final" do PCC, que é responsável por tomar as decisões mais importantes sobre os rumos da organização criminosa, foi escrito por um detento cumprindo pena no Presídio do Distrito Federal (PDF) em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Segundo as palavras do detento, os integrantes da facção paulista estão enfrentando uma situação de abandono e opressão por parte dos membros do comboio. O recado sugere que o Primeiro Comando da Capital está sendo impedido de disseminar sua ideologia dentro da Papuda pela facção do Distrito Federal.

De acordo com a carta, o Comboio do Cão estaria batizando ex-integrantes do PCC e pessoas que foram juradas de morte pela facção paulista. A prisão abrigaria 27 membros do PCC e 80 do CDC, dando ao grupo criminoso do DF uma maioria numérica e influência dentro dos muros do complexo penitenciário.

O detento conclui a carta afirmando que o PCC precisa lutar pelo poder no coração do Brasil e que a sintonia final da facção deve ajudar os integrantes presos na capital do país. Nas últimas linhas, ele suplica por ajuda para evitar que o Distrito Federal seja entregue "de mão beijada". A situação evidencia a tensão e a rivalidade entre as facções, com consequências preocupantes no ambiente carcerário.

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