Publicitária impulsiona mostra de Cinema Negro em Sergipe

Redação, 24 de Julho , 2023

O Cinema Negro e Independente em Sergipe tem sido bastante divulgado pela EGBÉ. Criada em 2016, pela diretora e pesquisadora Luciana Oliveira e pelo produtor e professor João Brazil, a mostra de Cinema Negro tem como objetivo fazer circular filmes dirigidos por direções negras no estado e promover uma reflexão e discussão sobre o tema. 

De acordo com a publicitária formada pela Universidade Tiradentes (Unit),  Thiara Menesez, desde a sua criação, a função da EGBÉ tem sido, além de fazer circular filmes de protagonismo e direções negras, possibilita um espaço de aquilombamento para espectadores e artistas negros de diferentes áreas e idades, tendo o cinema e o audiovisual como foco principal. Um espaço possível para a existência negra.

“A mostra, além das exibições, promove também ações de formação por meio de cursos, oficinas e masterclass. O espaço de formação tem sido fundamental para o estímulo da própria produção local de Cineastas negros e negras”, destaca. 

Thiara explica que desde a primeira edição, os organizadores perceberam um envolvimento forte do público local e de outros pontos do país com a mostra. “Como uma das primeiras mostras do nicho no nordeste, a EGBÉ é um espaço que estimula e vem testemunhando o aumento das produções e discussões em torno do Cinema Negro local”, ressalta. 

A EGBÉ está indo para sua 8ª edição e todos os anos abre chamada para seleção de filmes realizados por direções negras do Brasil e de outras partes do mundo. “Nessas sete edições que aconteceram tivemos exibição de mais de 150 filmes, e para esse ano nossa curadoria já selecionou 25 filmes que irão ser exibidos na Mostra oficial deste ano. A curadoria dos filmes é feita por curadores convidados e os filmes selecionados são exibidos em cada edição. Este ano foram selecionados 25 filmes de diversas partes do país e contaremos com uma curadoria internacional de filmes angolanos. Dessa forma abrangemos cineastas de diversas cidades brasileiras”, comenta. 

Para ter acesso a algumas produções que já passaram pela mostra, o público pode acessar o  link e terá acesso a produções disponíveis gratuitamente. Além de conferir as obras selecionadas, o público pode contribuir com o EGBÉ apoiando a campanha que está no ar e para acessar basta realizar o cadastro no Apoia.se.

“Nossa campanha está cadastrada na plataforma do Apoia.se e tem o formato de contribuição contínua, o apoiador pode escolher qualquer valor de doação a partir de R$10 por mês e contribuir para que a EGBÉ aconteça, assim como as demais ações que ocorrem ao longo do ano. Para contribuir é simples, só precisa se cadastrar, escolher o valor e a forma de pagamento e assim já poderá se tornar um dos apoiadores da EGBÉ”, explica.

Formada em Designer Gráfico e pós-graduada em Marketing pela Unit, Thiara conta que nos seis anos de vivência dentro da instituição colaborou para a ascensão da sua carreira.  

''Durante meu curso de Design Gráfico cursei algumas matérias equivalentes no curso de Publicidade e Propaganda, e foi muito bom para mim porque eu já trabalhava com isso na época. Transitei bastante pelo curso de comunicação, e isso me ajudou a conhecer profissionais que eu admirava, e professores que foram grandes incentivadores e parceiros nessa jornada, como Cássia, que foi minha coordenadora e orientadora, os professores Jaqueline Neves, Fernando Marinho, Manoel Macedo, Igor Libertador, Cristiano e Marcelo, todos maravilhosos, assim como alguns colaboradores. Me lembro bastante do assistente de fotografia que trabalha no Complexo de Comunicação Social (CCS), Luiz Dinarte. Ele me ajudou bastante quando eu precisava usar a câmera para os trabalhos. Tudo isso vai além da sala de aula, são lições profissionais, técnicas e de empatia que a gente leva para vida”, destaca.

A publicitaria conta que se sente realizada em trabalhar com o Cinema Negro. “Eu amo trabalhar com marketing. O design gráfico me ajudou a entender a parte de construção, estética, criação e consigo me virar nessa parte se for preciso. Mas trabalhar com projeto, estratégia, e principalmente aplicar isso no contexto social que precisa de ajuda, de impulsionamento é melhor ainda, é encontrar um propósito e trabalhar nele, para mim hoje, eu sou muito feliz por conta disso”, declara. 

Para o futuro, Thiara espera continuar atuando na area e promovendo o movimento do Cinema Negro. “Quero me especializar ainda mais, investir mais nos estudos, porém focados nos direitos humanos para que cada vez mais eu possa alinhar o meu trabalho com o meu propósito, que é a equidade racial e de gênero”, afirma.

Asscom Unit

 


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