Jornalista destaca a importância do diploma para o exercício da profissão em tempo de ‘fake news’

Redação, 09 de Agosto , 2023

Numa pauta obrigatória para a retomada dos debates em defesa da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição  206/2009  (PEC), que reinstitui a obrigatoriedade do diploma de nível superior específico em Jornalismo para o exercício da profissão no Brasil, os jornalistas se mobilizam, mais uma vez, para que deputados encaminhem a votação da PEC, que já foi aprovada pelo Senado. E num lugar de fala mais que consolidado, a repórter da TV Atalaia, Aline Aragão, jornalista diplomada pela Universidade Tiradentes (Unit), defende o retorno da formação acadêmica diante de uma realidade atacada por informações falsas.

“O Jornalismo profissional ainda é muito impactado com a perda do diploma. Eu estava no último ano da faculdade quando aconteceu e isso me marcou muito. Foi um choque. Lembro que fizemos um diploma de panela na minha turma, pois o ministro comparou o jornalista a um cozinheiro, que não precisava de nenhuma formação, era só talento, e sabemos que não é bem assim. Então, a gente fez uma panela simulando ser cozinheiro e mandamos para o ministro, inclusive. A queda do diploma deu uma precarização na nossa profissão e hoje qualquer pessoa pode tirar DRT e dizer que é jornalista. Tenho muitos embates, às vezes, quando me deparo na rua com situações vexatórias, da pessoa não ser jornalista e estar ali junto na coletiva, atropelando tudo, fazendo tudo errado. Eu tenho orgulho de dizer que sou jornalista diplomada pela Unit”, destaca Aline Aragão.

Com uma carreira consolidada na Comunicação do estado, atuando há nove anos como repórter da TV Atalaia e um vasto leque de matérias premiadas, inclusive em nível nacional, Aline Aragão é enfática ao apontar a necessidade da formação acadêmica para o exercício da profissão.

“Preciso dizer que não basta talento, é preciso conhecer a técnica e isso somente a academia vai te dar. Foi a técnica que a Unit me deu que me faz ser a profissional que sou hoje. Já encontrei pessoas talentosas na rua, mas que não sabem usar o jornalismo, pois não têm a técnica de quem passou por uma universidade. Temos que buscar valorização da nossa profissão e o diploma te dá isso. Enquanto jornalista, temos a missão de informar, temos um papel social muito importante, o compromisso com a ética e verdade e isso faz toda a diferença nessa era em que a gente vive, a era da desinformação e notícias falsas”, explica.

Ao recordar da época de estudante universitária, ela aponta a contribuição de professores e toda a estrutura ofertada pela Unit aos futuros jornalistas.

“Tive a oportunidade de aprender com bons mestres e tive à disposição um excelente laboratório, a melhor estrutura  do mercado, principalmente na área que atuo hoje, que é o telejornalismo. E tudo isso foi fundamental. A desinformação ganhou muito destaque nos últimos anos, na era das notícias falsas, e a velocidade com que elas se propagam graças às novas tecnologias é algo assustador. E como jornalista, a gente tem que combater a desinformação de todas as formas e mostrar o nosso valor. O diploma faz a diferença e acredito que esse tem sido o grande desafio: mostrar às pessoas o nosso valor, levar a informação de forma séria e verdadeira, ouvindo os dois lados, checando quantas vezes necessárias. Isso tem a ver com o compromisso que assumimos como jornalistas”, completa. 

Asscom Unit


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