Sidônio Palmeira afirma que fim do sistema de checagem é prejudicial à democracia e reforça necessidade de regulamentação.
O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Lula, Sidônio Palmeira, manifestou nesta quarta-feira (8) seu apoio à regulação das redes sociais no Brasil e criticou a recente mudança anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg. A alteração, que encerra o sistema de checagem de informações no Instagram e no Facebook nos Estados Unidos, foi classificada pelo ministro como “ruim para a democracia”.
A Meta também informou que implementará o recurso de “notas de comunidade”, semelhante ao usado pelo X (antigo Twitter), como forma de promover liberdade de expressão. Em vídeo publicado para anunciar a mudança, Zuckerberg declarou que o objetivo é permitir maior autonomia nas redes sociais.
Crítica às mudanças
Sidônio Palmeira, publicitário e responsável pela campanha de marketing de Lula em 2022, discordou da justificativa de Zuckerberg e destacou os riscos associados ao fim da checagem.
“Eu acho que isso é ruim para a democracia. Porque você não faz um controle da proliferação do ódio, da desinformação, da fake news. Esse que é o problema. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais”, afirmou Sidônio.
Regulação no Brasil
Palmeira enfatizou que o Brasil, como país independente, deve adotar as medidas necessárias para proteger sua democracia diante das mudanças nas plataformas digitais. O ministro reforçou a importância de estabelecer regras claras para limitar a disseminação de desinformação e discurso de ódio nas redes.
Sidônio Palmeira assumirá oficialmente o cargo de ministro da Secom na próxima semana, substituindo o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). A regulação das redes sociais é uma das pautas prioritárias do governo Lula, que busca equilibrar a liberdade de expressão com a necessidade de combater a desinformação.