Os 55 anos da Universidade Federal e a contribuição dela para a sociedade, através do olhar aguçado do seu primeiro Reitor negro e o mais jovem a assumir o principal cargo de gestão da Instituição
Obra intitulada “Sempre às sextas – escritos de um reitor negro”, reúne 55 textos que oferecem reflexões sobre a contribuição da universidade para o desenvolvimento de SE, além de tratar sobre acontecimentos da sociedade à luz da ética e da democracia.
Os 55 anos da Universidade Federal e a contribuição dela para a sociedade, através do olhar aguçado do seu primeiro Reitor negro e o mais jovem a assumir o principal cargo de gestão da Instituição, o professor doutor Valter Joviniano de Santana Filho. Esse é o fio norteador dos assuntos abordados no livro “Sempre às sextas – escritos de um reitor negro”, que será lançado na próxima sexta-feira, 27 de setembro, às 18h, na Galeria de Arte Mário Britto, em Aracaju/SE.
A obra é composta por 55 textos que foram publicados entre março de 2021, quando Dr. Valter Joviniano assumiu a reitoria da UFS, e dezembro de 2023, e reúne transcrições de alguns discursos do professor doutor em solenidades específicas, como quando das comemorações pelos 55 anos da Universidade; na Conferência Internacional “Arab Latinos”; na inauguração da TV UFS; e na outorga de título de Doutor Honoris Causa ao artista e ativista sergipano, Severo D’Arcelino.
Também possui artigos escritos por ele para jornais e para a coluna eletrônica assumida no início de 2023, no portal de notícias local, o JL Política, do jornalista Jozailto Lima. A ideia original era lançar o livro como parte das comemorações pelos 55 anos da UFS, em novembro de 2023, mas questões editoriais adiaram a disponibilização da obra ao público.
“Muito cordialmente, Jozailto me convenceu de que eu poderia, a cada semana, prestar contas das minhas ações como reitor à frente da UFS para um público mais amplo. Resolvi arriscar e aceitei a proposta. Por outro lado, aproveitar os discursos que pronunciei foi a forma encontrada para deixar registrados alguns episódios impactantes da minha vida enquanto reitor”, explica Dr. Valter Joviniano.
A organização das ideias
‘Sempre às sextas – escritos de um reitor negro’, está dividido em quatro partes: UFS 55 anos, Cidadania, Perspectivas e Homenagens. Na primeira parte estão reunidos discursos e artigos dedicados a personagens e instituições valiosas para a Universidade, destacando aqueles que marcaram a trajetória da Instituição. Na segunda parte estão escritos que vão além das fronteiras físicas da UFS, pois na visão de Dr. Valter Joviniano, os temas abordados devem ser alvo de reflexões da sociedade.
Entre os assuntos estão as questões ambientais; a luta contra o etarismo ao ingresso na universidade; a necessidade de discutir sobre a Política Nacional de Ação Afirmativa; e a diferença de abordagem dada pela mídia aos naufrágios de um submersível, que causou a morte de quatro milionários, e do barco pesqueiro com 700 imigrantes, na costa da Grécia, quando morreram cerca de 80 pessoas, entre crianças, jovens e idosos. A esse artigo, o professor Valter Joviniano deu o título de “Um naufrágio de valores”.
Na terceira parte os textos abordam projetos da Instituição que atuam como transformadores da realidade social, a exemplo da expansão da UFS para mais locais do interior sergipano; a importância de cada um dos Centros da Universidade; a atuação pós-pandemia; e a importância da inauguração da TV UFS.
Na quarta e última parte do livro, o professor doutor apresenta ao público escritos sobre a entrega de títulos honoríficos, e ensaios dedicados a personagens que marcaram a intelectualidade brasileira. Entre as personalidades destacadas está o aracajuano Manoel Bomfim, que nos primeiros anos do século XX militou em defesa da educação como chave para a transformação social.
Livro demonstra olhar abrangente e analítico
O Dr. em Educação e professor aposentado do Departamento de História da UFS, Jorge Carvalho, responsável por prefaciar a obra, afirma que o trabalho realizado pelo professor doutor Valter Joviniano chama a atenção por vários aspectos, a exemplo do ritmo das publicações e o fôlego em compartilhar um novo texto semanalmente, além da diversidade dos temas abordados, demonstrando olhar abrangente e analítico diante dos problemas que envolvem não apenas a educação, mas a sociedade como um todo.
“O autor oferece reflexões sobre os impactos possibilitados pela UFS em Sergipe, destaca a capacidade dessa pequena notável universidade em promover ações de ensino, pesquisa e extensão que, inegavelmente, contribuem para o desenvolvimento do estado e para a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes. Também faz apontamentos corajosos sobre a democracia, sobre a necessidade de planejar, e a importância de antever dificuldades”, conclui Jorge Carvalho.
E por saber que grandes obras nascem com o apoio de companheiros de jornada, Dr. Valter Joviniano aproveitou a oportunidade para agradecer a quem esteve ao seu lado nessa caminhada, em especial à esposa e filhos, e aos colegas João Paulo Attie, Lucindo Quintans, Dilton Maynard, Alaíde Hermínia, Mário Resende, Martha Susana, Manoel Luiz, Patrícia Rosalba e José Antônio Fakhouri, pelos debates, críticas e incentivo. “Agradecimentos também para Ana Beatriz, que tão solicitamente realizou a revisão de linguagem do texto”, finalizou o autor.
SERVIÇO
O QUÊ? Lançamento do livro “Sempre às sextas – escritos de um reitor negro”, obra do professor doutor da Universidade Federal de Sergipe, Valter Joviniano de Santana filho;
QUANDO? 27 de setembro (sexta-feira);
ONDE? Galeria de Arte Mário Britto, localizada na Vila Manuel, na Rua Vila Cristina, 130, bairro São José, Aracaju/SE;
A QUE HORAS? às 18h.