A Polícia Federal realizou uma prisão na madrugada deste domingo (11/2) no Aeroporto de Brasília, capturando o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, que estava retornando de Washington, nos Estados Unidos. A prisão foi efetuada com base em um mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no contexto da operação Tempus Veritati. O coronel deveria ter sido detido na quinta-feira (8), porém estava em solo norte-americano participando de um curso de defesa.

Após sua prisão pela PF, o coronel foi entregue à Polícia do Exército e está atualmente detido no Batalhão da Guarda Presidencial. Ele passou por uma audiência de custódia às 11h, conforme confirmado pelo STF.

Bernardo Romão Correia Neto é membro dos "Kids Pretos", uma força de elite do Exército composta por cerca de 2,5 mil militares, entre ativos e da reserva. Recentemente, surgiram informações sobre uma reunião ocorrida em Brasília, em 28 de novembro de 2022, logo após o resultado do segundo turno das eleições, na qual se discutiu a possível utilização desse grupo em um golpe de Estado. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), essa reunião teria sido uma tentativa de subverter a democracia e alterar o resultado das eleições, especificamente após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com as investigações, a reunião em Brasília contou com a participação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante sua presidência, e do coronel Bernardo Romão, na época, assistente do Comando Militar do Sul. O objetivo discutido seria tomar o poder após a eleição de Lula. Após o encontro, teria sido elaborada uma carta para pressionar o comandante do Exército e outros militares a aderirem ou não se posicionarem contra a tentativa de golpe.

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