Gás de cozinha poderia ser vendido de forma fracionada, diz Machado

Redação, 12 de Janeiro , 2021


O ex-deputado federal José Carlos Machado criticou o aumento do preço do botijão de gás de cozinha em 6% e ressaltou que, desde que Michel Temer assumiu o governo, a alta já ultrapassa 66%. Tendência é que botijão de gás chegue a R$ 200 este ano e obrigue mais famílias a usar lenha para cozinhar.

Machado lembra que durante a campanha eleitoral em 2018, o presidente Jair Bolsonaro prometeu baixar para apenas R$ 30 o valor do botijão no seu mandato. Três anos depois, segundo pesquisa de preços realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 74,42 na capital – com valores de R$ 69,99 a R$ 93. Caso o aumento seja totalmente atribuído aos consumidores, os preços podem ficar entre R$ 74 e R$ 98.

Segundo especialista, conter o aumento do gás de cozinha a curto prazo é difícil e improvável, “O GLP está deixando de ser um produto de utilidade pública, por causa do alto preço, as famílias em miséria absoluta só crescem no Brasil, contradizendo todo discurso de energia barata do governo. Nunca o preço foi tão alto. Isso é quase monopólio”, informa Machado.

A venda fracionada pode reduzir o preço de gás de 30% a 40%, segundo especialistas. No início da atual gestão do governo Bolsonaro, o Presidente da ANP se comprometeu com a possibilidade de venda fracionada, passado dois anos nada. “É difícil, mas esperamos que aconteça”, diz Machado. Assim como ele, milhões de brasileiros também esperam por isso.

Esse modelo já existe em vários países, inclusive nos Estados Unidos. Para ele, a própria Agência Nacional do Petróleo faz vista grossa em relação aos constantes reajustes, fazendo com que aos brasileiros reste apenas a esperança de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, cumpra a promessa de baixar o preço do gás de cozinha.

Quando deputado federal Machado apresentou dois projetos voltados ao consumo do gás de cozinha: um deles visava à venda fracionada do gás. Projeto de lei 5120/2005, proposto em 2006 atenderia o desejo do consumidor, mas enfrenta a resistência das distribuidoras.

Ele argumenta que o projeto traz vantagens sob a ótica econômica e é de grande interesse social, já que as maiorias absolutas dos lares brasileiros usam gás de cozinha. Para ele, além de aliviar o peso do botijão no orçamento familiar, dilui o que Machado considera ser um monopólio na distribuição.

Aumento começou a valer para distribuidoras e há chance de impacto no bolso do consumidor nos próximos dias. É a 11º alta em nove meses. “Com isso, quem lucra são as distribuidoras e quem perde são os milhões de consumidores”, afirma Machado, que tem uma história de luta nesse sentido durante seus dois mandatos na Câmara.

Machado também lembra que são cerca de 37 milhões de botijões comercializados ao mês no país. “Um real a mais no preço do botijão representa um aumento de quase R$ 400 milhões ao ano para as distribuidoras”, contabiliza.

Assessoria de Imprensa


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