Por que as mulheres não votam em mulheres?
Livro reúne artigos de lideranças femininas e clama por mais mulheres na política brasileira
Na última semana, o TSE divulgou as estatísticas do eleitorado para as eleições de 2022. A pesquisa revela que as mulheres são a maioria da população apta a votar este ano, no entanto, permanecem sub-representadas nos cargos políticos.
Em 2018, por exemplo, apenas seis das 81 cadeiras do Senado federal foram ocupadas por mulheres, o mesmo ocorreu na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, apenas 77 foram conquistadas por lideranças femininas.
Diante disso, surge o questionamento: se as eleitoras votassem em candidatas, ao invés de candidatos, teríamos mais mulheres ocupando cargos políticos no país? Existem incentivos para que o público feminino participe de forma mais ativa nas eleições?
Quem pode responder essas perguntas é a cientista política Juliana Fratini, organizadora do livro "Princesas de Maquiavel - por mais mulheres na política".
Organizada pela cientista política Juliana Fratini, a obra Princesas de Maquiavel reúne artigos de 26 lideranças políticas, civis e empresariais que levantam discussões relevantes sobre a participação das mulheres na vida pública. Lançada pela Matrix Editora, a coletânea conta com textos assinados por figuras como Joice Hasselmann (PSL), Gleisi Hoffmann (PT), Luiza Helena Trajano (Mulheres pelo Brasil), além de coletivos feministas.
Neste livro, as autoras apontam as saídas para lidar com o problema da discriminação contra as mulheres na política e como melhorar a representatividade feminina nos âmbitos Legislativo e Executivo.
Entre os assuntos abordados estão os movimentos e direitos políticos conquistados nos séculos XIX e XX, a necessidade de reserva de 50% das cadeiras para mulheres nos parlamentos, além de movimentos “neossufragistas” como o Vote Nelas, que surgiu em 2018.
“O objetivo desta obra é valorizar o papel da mulher na política e promover uma ampla reflexão a respeito de como diminuir o machismo, combater a misoginia e promover maior engajamento sem lesar as diferenças. Nessa construção, todas as mulheres importam, especialmente quando a misoginia pode fazer vítima qualquer uma delas”, destaca a organizadora.
O título da obra faz referência ao clássico “O Príncipe” de Maquiavel, em que o autor produz uma espécie de cartilha com indicações de como se deve governar para continuar no poder. Porém, de acordo com a cientista política o pensador não discute a condição feminina e a dinâmica do poder em relação às mulheres de forma aprofundada.
Ficha técnica
Livro: Princesas de Maquiavel: por mais mulheres na política
Organizadora: Juliana Fratini
Editora: Matrix Editora
ISBN: 978-65-5616-151-8
Páginas: 208
Preço: R$ 45,00
Onde encontrar: Matrix Editora, Amazon
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