ESCRITORES PROCESSAM A NETFLIX POR PLÁGIO EM FILME

Filme "Depois do Universo" X Livro "Juilliard - A arte do amor"

Redação, 23 de Janeiro , 2023

Ela tem uma doença de sangue, seu único sonho é tocar piano e vive tocando um piano imaginário, procura ingressar numa das mais importantes instituições de música e arte, mas a sua doença é um impeditivo, até que conhece um rapaz que a vai ajudar a ultrapassar os seus medos e a auxiliar a conseguir os seus sonhos... Acha que já viu algo parecido?

João Ribeiro (português legitimo como gosta de dizer) e Lidia Ribeiro (brasileira) um casal de escritores em Abril de 2018, lançava na Amazon um livro com o título “Juilliard - A arte do amor” com a história acima descrita, o casal que usa pseudônimos (J.O. Brook e L.B. Brook) para divulgar o seu trabalho de forma a separar a sua atividade profissional com a de escritores de romances, já que têm livros de ajuda para casais, ele exerce a profissão de consultor de casais e sexcoach e ela de psicóloga (acabada de se formar) e sexóloga.

Até aí tudo normal, se algo impensável na vida desse casal não acontecesse, “Você se consegue imaginar sentado num sofá e de repente a história do teu livro está a passar diante dos teus olhos?”, comenta João Ribeiro, que no dia 2 de Novembro de 2022 o casal viveu esse drama de assistir a um filme com muitas semelhanças com o seu livro, que filme é?

“Depois do Universo” é um filme brasileiro, lançado pelo streaming Netflix em 2022 que contém inúmeras semelhanças com o livro lançado pelo casal há alguns anos atrás, “Fiquei muito nervoso em perceber tantos pontos em comum com a minha história, não estou a falar de uma ou duas coincidências e sim dezenas de semelhanças que tentaram disfarçar”, conclui João Ribeiro ao recordar o dia.

Por esse motivo o casal decidiu enfrentar uma batalha
jurídica contra a Netflix para provar o plágio da sua obra,
Lidia declara “Sabemos que é uma luta difícil, mas
queremos que a verdade e o nosso trabalho sejam
reconhecidos, porque aquele filme é o nosso livro
maquiado de forma a disfarçar o plágio”.


Sabe o que é plágio? Precisamos entender o seu real
significado e como esse ato “criminoso” se encaixa nos
direitos autorais protegidos por lei, plágio é
caracterizado como uma cópia integral (usar a obra de
forma idêntica sem qualquer alteração), parcial (partes
de uma obra são usadas) e o conceitual (onde se usa o
mesmo conceito e ideia de outra obra), sem que obtenha
a autorização do seu criador, sem dar créditos ao trabalho de um autor e sem a permissão explicita
do autor da obra.

Por esse motivo o casal João e Lidia Ribeiro decidiram processar a Netflix pelo uso indevido da sua
obra, “Sentimo-nos violados, é uma dor que nos faz entender em parte uma violação” declarou o
escritor em um vídeo no seu instagram (@joao26ribeiro) esse e outros vídeos (post e reels)
denunciam o plágio sentido pelo casal na sua obra.


O processo aberto por eles contra a empresa de Streaming Netflix, conta com o apoio incondicional
de um dos advogados que os representam Dr. James R Kiyomura, do escritório Kiyomura Sociedade
de Advogados que declarou “Afinal todos temos direito a recorrer à justiça, seja rico ou pobre
devemos poder questionar e obter respostas sobre os assuntos que nos fazem sentir prejudicados”.
Sem julgamentos, pré-conceitos estabelecidos sobre o caso, cabe a justiça esclarecer a verdade
quando uma das partes se sente prejudicada ou vê o seu trabalho usado sem ser dado o devido valor
e direito de autor.


O Dr. James R Kiyomura continua explicando que “Quando se fala de plágio de obra literária, é
necessário observar a essência da história, na sua ideologia, no seu enredo, nos personagens e em
tudo que engloba a obra” e ele continua explicando “Pois, como ensina Oliveira Ascensão, “Plágio
não é cópia servil; é mais insidioso, porque se apodera da essência criadora da obra sobre veste ou
forma diferente”.


No caso, ao ler a obra e ver o filme, percebesse que existem muitas semelhanças para dizer que foi
uma coincidência de inspiração literária ou clichês do amor, sim, se percebe as semelhanças
maquiadas como se fosse uma colcha de retalhos Frankenstein para se fazer um sucesso.
“Escrever um livro demora meses, é muita pesquisa, muitas horas da nossa vida criando, custo
financeiro para autores independentes e é uma dor maior para mim, porque o livro foi escrito para
acalmar a dor da morte da minha mãe, ele serviu como luto para mim” declara João Ribeiro sobre
um dos motivos de ter escrito uma história que relata emocionalmente a doença, os sonhos, a perca
e o luto.


Esperamos que a verdade seja revelada e que exista respeito por todos os autores, que transformam
os seus sonhos em arte, seja essa arte por palavras, músicas, pinturas, esculturas, doando um pedaço
deles mesmos aos outros que são desconhecidos esperando receber em troca respeito, carinho,
admiração e amor pela sua arte.


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