Na última sexta-feira, 15, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados, Fiação e Tecelagem dos municípios de Frei Paulo, Lagarto, Ribeirópolis e Carira (SINDICAFIT), convocou ex-funcionários da empresa Dok Calçados que foram demitidos no dia 31 de janeiro deste ano, para uma Assembléia Geral Extraordinária que trataria da demissão em massa que houve na empresa e de uma proposta de acordo para os ex-funcionários.

Na época, foram demitidos cerca de 500 funcionários, sendo aproximadamente 315 do município de Frei Paulo. Grande parte destes funcionários saíram de suas casas para participarem da Assembleia cheios de esperança de que teriam suas situações regularizadas. Mas não foi isso que ocorreu.

Conforme é possível ouvir no vídeo, o advogado que representa a empresa ofereceu aos funcionários 15 parcelas de R$110 reais referente ao vale alimentação, em troca dos 12 meses de salários atrasados. A proposta causou revolta e chocou os trabalhadores.

Uma ex-funcionária chegou a dizer que não estava passando fome pra aceitar essa proposta. O advogado da empresa no entanto chegou a dizer que a empresa afirmou que não poderia se comprometer mais que isso porque não poderia pagar. Ou os funcionários aceitavam as quinze parcelas de R$ 110 ou não aceitavam.

O que diz a Dok? Confira a nota emitida pela empresa:

"O Grupo DOK confirma que em assembleia realizada com os ex-colaboradores, na sexta-feira (15), o acordo coletivo proposto pela empresa não foi aceito pela maioria. Apesar disso, parte dos colaboradores optou por aceitar a proposta e negociar diretamente com a empresa, com o pagamento das rescisões de forma parcelada. Como o processo ainda se encontra em fase inicial, o Grupo informa que recorrerá da decisão, tendo em vista a impossibilidade da reintegração por vários motivos e fatores, inclusive jurídicos. A empresa destaca que inexistem salários em atraso e que todo o pactuado com os funcionários vem sendo cumprido. Além disso, salienta que as rescisões realizadas no dia 31 de janeiro de 2023, ocorreram de forma legal, não havendo qualquer impeditivo que o Sindicato pudesse realizar, conforme a jurisprudência do STF."

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Veja no vídeo abaixo o momento em que a proposta é feita aos trabalhadores:

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