Quatro grandes empresas do setor de saneamento participam da concorrência, mas especialistas temem aumento de tarifas e impactos sociais
Nesta quarta-feira (4), a Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) será leiloada na Bolsa de Valores de São Paulo, representando um marco no processo de privatização dos serviços de água e esgoto no estado. O certame atraiu a atenção de quatro grandes empresas do setor: Iguá Saneamento, Algia, BRK Ambiental e Pátria Investimentos, que competem pela concessão dos serviços pelos próximos 35 anos.
A privatização da DESO, porém, não está isenta de polêmicas. Especialistas já expressam preocupação quanto aos potenciais impactos negativos dessa medida. Um dos principais temores é o aumento expressivo das tarifas de água e esgoto, o que poderia tornar o acesso a esses serviços básicos mais oneroso para a população sergipana. Além disso, há o receio de que a privatização leve a cortes no quadro de funcionários da DESO, resultando em desemprego e perda de renda para muitas famílias.
Outro ponto de preocupação é a qualidade dos serviços que serão prestados à população após a privatização. Existe o risco de que as empresas vencedoras não consigam ou não se comprometam a atender plenamente as necessidades das regiões mais carentes, onde a infraestrutura é precária e o acesso a água tratada e saneamento adequado ainda são desafios.