O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réu o suplente de deputado federal Bosco Costa (PL-SE) e os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA) por suspeita de corrupção na distribuição de emendas parlamentares. Os parlamentares negam as acusações.
O julgamento ocorreu no plenário virtual do STF, com os votos do relator Cristiano Zanin e dos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Zanin já havia votado pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no mês passado, alegando que há “consideráveis indícios de autoria e materialidade” no caso.
Segundo a PGR, os parlamentares teriam solicitado propina equivalente a 25% do valor das emendas negociadas, o que resultaria em R$ 1,66 milhão em troca da destinação de R$ 6,67 milhões ao município de São José de Ribamar, no Maranhão. O ex-prefeito da cidade, José Eudes Sampaio Nunes, relatou ter sofrido cobranças e intimidações para liberar as verbas.