Rio de Janeiro, 8 de março de 2025 – 37.332 mulheres morreram no Brasil em 2023 devido a infartos agudos do miocárdio (IAM), doença popularmente associada aos homens, mas que é primeira causa de morte entre as mulheres no país. Outras 18.571 morreram por hipertensão, que é a quarta causa de morte de pessoas do sexo feminino e vitima mais mulheres do que homens.As conclusões estão no levantamento “Evolução da mortalidade cardiovascular em mulheres”, realizado com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e lançado pelo Observatório da Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Ministério da Saúde, no Dia Internacional da Mulher.As doenças cardiovasculares, definidas como alterações estruturais ou funcionais do coração ou do sistema circulatório, mataram 182.066 mulheres brasileiras em 2023. Nesse ano, houve 386.061 mortes por doenças cardiovasculares no país, ou seja, as mulheres representaram 47,2% do total, proporção que se mantém relativamente estável desde 2000.Em relação ao infarto, as vítimas do sexo feminino representaram 40% do total de 93.335 mortes no país. Quanto aos óbitos por hipertensão, as mulheres foram 54,4% do total de 34.155.“Os dados mostram a estabilidade das doenças cardiovasculares como a principal causa de morte das mulheres. Mas, em geral, o que se nota é que não há uma percepção dessa realidade pelas pessoas e nem mesmo pelos serviços de saúde. Em particular, o infarto continua a ser visto como uma doença que afeta os homens, mesmo sendo a primeira causa de morte entre as mulheres”, destaca Aurora Issa, cardiologista e Diretora do INC.Leia aqui o levantamento “Evolução da mortalidade cardiovascular em mulheres” e o adendo com as tabelas sobre infarto agudo do miocárdio e hipertensão.Figura 1 – As cinco principais causas de morte em mulheres de 2018 a 2023. Para o agendamento de entrevista, envie um e-mail para a assessoria de imprensa do INC |