em platina. Após três anos de tratamento, 9 em cada 10 pacientes ficaram livres da doença. O câncer de pulmão é a quarta neoplasia mais incidente no Brasil, além de ser a que apresenta a maior mortalidade, segundo dados do INCA. Cerca de 85% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão no país são do tipo não pequenas células; dentre estes, aproximadamente 5% possuem alteração do gene ALK. Os pacientes com essa mutação costumam ser pessoas jovens, com menos de 55 anos, que nunca fumaram ou com histórico leve de tabagismo. “Aproximadamente metade dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão de não pequenas células nos estágios iniciais apresentam recidiva, mesmo após a cirurgia e a quimioterapia”, explica a Dra. Clarissa Baldotto, atual Presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) e Diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). “Como mostram os dados do ALINA, agora poderemos beneficiar uma população de pacientes mais jovens, que possuem alto risco de desenvolver metástases cerebrais, impactando diretamente na possibilidade de cura para essas pessoas”, completa. Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados nos estágios mais avançados ou metastáticos, em que o tratamento é mais difícil e oneroso. Por isso, comunidade médica e as associações de pacientes têm colocado em pauta a necessidade de uma política de rastreamento para pessoas com alto risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão, que tem potencial de ampliar o diagnóstico precoce e reduzir em cerca de 20% a mortalidade pela doença, segundo estudos internacionais. “Estudos apontam que a taxa de sobrevida em cinco anos dos pacientes com câncer de pulmão diagnosticados em estágios avançados é de apenas 6%, mas o diagnóstico precoce é capaz de aumentar essa taxa para quase 60%. Por isso, atrasar a progressão da doença ainda no cenário inicial é imprescindível para que essas pessoas consigam viver por mais tempo e com mais qualidade de vida”, afirma Michelle França, líder médica da Roche Farma Brasil. “E o diagnóstico precoce só é possível com a criação de políticas efetivas de rastreamento, que precisam estar aliadas à testagem molecular, que identifica alterações genéticas específicas de cada tumor, direcionado os pacientes para o tratamento mais adequado ao seu perfil”, finaliza. Alectinibe é um medicamento oral já aprovado em mais de 100 países (incluindo o Brasil) como primeira ou segunda linha de tratamento do câncer de pulmão ALK-positivo em estágio avançado ou metastático. A nova indicação do alectinibe, agora para o cenário inicial, também foi aprovada na Europa e nos Estados Unidos. |