Após quase dois meses de espera por liberação de corpo do IML, pais enterram filho em Carira
A identificação do corpo foi realizada através da digital presente no título de eleitor
O senhor Francisco Alves de Oliveira, morador do povoado Contendas, município de Carira, perdeu o seu filho há quase dois meses. O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal no dia 28 de março, e desde então a família tentava retirar o corpo do jovem do órgão para ser sepultado.
O filho falecido havia perdido os documentos de identificação, o que dificultou a liberação do corpo. Mesmo os pais havendo realizado o reconhecimento do corpo e apresentado uma certidão nascimento, o órgão havia informado que só seria possível a liberação com um teste de DNA que comprovasse o parentesco.
O caso comoveu o vizinho Zeca e outros moradores da região que buscaram diversas formas de ajudar essa família a qual temia que o filho fosse enterrado como indigente.
Leia também: Pai tenta liberar corpo de filho do IML há cerca de dois meses; entenda o caso
O vizinho disse que procurou até autoridades do município, mas a única coisa que conseguiram foi um carro da prefeitura para levar seu Francisco ao IML, no dia em que foi realizada uma coleta para o teste de DNA.
Zeca então procurou a ajuda de sua prima, a advogada Dra Vanezia Pereira, natural de Carira, mas que reside em Itabaiana. Ela se sensibilizou com o caso e acompanhou o seu primo e os familiares do jovem falecido até o IML, na tarde desta terça-feira, 09, para fazer a liberação do corpo.
"Conseguimos encontrar outros documentos comprobatórios para comprovar a identificação do cadáver, que nesse caso foi o título de eleitor aonde continha a digital do mesmo, pois em virtude dele ser alcóolatra, havia perdido seus documentos de identificação como RG e CPF, e apesar de várias tentativas no Instituto de Identificação, não possível localizar, então viemos como os documentos que tínhamos como o título de eleitor, a certidão de nascimento e o boletim de ocorrência", disse dra Vanezia.
A partir da digital presente no título foi possível comprovar que o corpo era do filho de seu Francisco. A partir daí, a liberação foi feita. Ainda conforme a advogada, devido o estado de decomposição do corpo não seria possível haver um velório, mas houve ao menos um sepultamento digno no Cemitério de Carira, o que a família mas desejava no momento.
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