Esse mês de março marcou o nascimento de muitas personalidades do fascinante universo sergipano, mas uma, se sobressai, sem dúvida alguma: Roberto Constâncio Vieira. Ao pesquisar acerca da História de Sergipe, jamais podemos olvidar da trajetória desse que é uma das grandes epítomes no que se refere ao contexto empresarial sergipano e além-fronteiras. Nasceu num dia 21 de março do ano 1925, sendo criado num ambiente que exalava obstinação e empreendedorismo.

Desde a tenra idade se iniciara na vida empresarial. Trabalhou arduamente nas empresas pertencentes ao seu admirável pai Constâncio Vieira, um visionário raro de se encontrar nos dias hodiernos. Este foi responsável por edificar um dos maiores impérios comerciários em ambiência telúrica. Roberto Constâncio Vieira então começa na empresa Vieira Sampaio, Indústria e Comércio que havia sido consolidada na cidade de Estância, onde estabelecera sua própria administração.

Jamais havia se observado tanto desenvolvimento na região centro-sul de Sergipe como aconteceu naquela época auferida. Homem de espírito inquieto e constante, Roberto Constâncio Vieira acabou diversificando seus amplos negócios. Atuou com afinco e zelo nos campos do comércio e indústria de tecidos em Sergipe e no Ceará. Foi investidor assíduo no setor de produção de bebidas e acabou também erguendo duas fábricas de refrigerantes, em Sergipe e em Alagoas.

Nunca deixou se estagnar, ao contrário, edificou cervejaria na Bahia, se empenhou em construir uma imponente fábrica de cosméticos, indústria de água mineral e atuou como poucos o fizeram no ramo dos transportes. Estes aspectos engendraram com altivo êxito o legado idealizado pelo seu saudoso pai, iniciado lá pelos idos de 1912. Vale asseverar que o Grupo Empresarial Constâncio Vieira se consolidou ao longo do tempo pelos valores da ética, competência e honestidade.

Segundo relatos emocionados colhidos, Roberto Constâncio Vieira era ser humano que exalava bondade luzidia. Amor ao próximo era um dos seus principais sinônimos. Suas altruístas ações sociais merecem todo reconhecimento, dentre as quais: construção de mais de 500 casas no bairro Bomfim para moradores estancianos. Ademais, promoveu marcante transformação na Cidade Jardim, construindo escolas na década de 1960, o que originou incentivo à educação e desenvolvimento para a cidade em geral.

Podemos afiançar que nos últimos 100 anos da história de Sergipe é raro observar o caso do exemplo deixado pelo grandioso empresário Constâncio Vieira. Ícone do modo de se fazer empreendedorismo com responsabilidade social, é àquele que foi capaz de operar transformações de vida na existência das pessoas.

Não podemos esquecer dos milhares de empregos gerados pelas suas ilibadas empresas, sergipanos inúmeros foram agraciados pelos seus direcionamentos econômico-sociais, além-claro do seu zelo pelos anseios coletivos. No Sistema Empresarial Constâncio Vieira mencionado aqui temos a passagem de mais de 50 mil trabalhadores entre as várias partes: Companhia de Refrigerantes do São Francisco, S/A Constâncio Vieira Indústria, Consórcio Têxtil de Acabamento S/A e Companhia Alagoana de Refrigerante.

Muitas foram as afirmações de que a Família Vieira é uma genealogia que se preocupa com o bem-estar dos seus funcionários e preza pela absoluta solidariedade em suas ações. O retratado aqui ainda era sócio remido do Iate Clube de Aracaju, cara que apreciava o desporto e era contumaz incentivador do clube. 

Na afável esfera doméstica, Roberto Constâncio Vieira contraiu belo matrimônio com Dona Maria Cândida Campos Vieira, mulher de lhaneza no trato e garbo oceânico. Resultaram da inseparável união seus quatro amáveis filhos, sendo eles: Ruy Vieira, Roberto Filho, Cândida Vieira e Constância Virgínia que honram as valiosas lições apreendidas a partir da afável convivência com seus afetuosos genitores.

Falecido aos 91 anos de idade no ano de 2016, Roberto Constâncio Vieira deixa legado imperecível de altruísmo e busca incansável em prol do desenvolvimento de Sergipe, estado que tanto amava. Em seus mais de 70 anos de nato empreendedorismo pode-se dizer que esse avultado nome e sua história jamais irão fenecer, pois homens da sua linhagem só surgem de séculos em séculos nos marcando para sempre.

¹ Texto escrito por Igor Salmeron, Sociólogo - Doutor em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe (PPGS-UFS), servidor do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, faz parte do Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP-UFS). Membro vinculado à Academia Literocultural de Sergipe (ALCS) e ao Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da Academia Sergipana de Letras (MAC/ASL).

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