A Educação em 2022: desafios do ano letivo pós-pandemia

Coluna Papo de Pedagogo, 05 de Fevereiro, 2023 - Atualizado em 06 de Fevereiro, 2023

Educação, pandemia, lockdown, tecnologia, ensino remoto, adaptações, transformações, retomada, e eis que surge uma nova forma de “fazer a educação”. Quanta coisa, em um curto espaço de tempo.

A pandemia nos trouxe uma nova visão do cenário educacional e profissional, onde foi necessário aprender a “montar um avião em pleno vôo”. A tecnologia derrubou as quatro paredes da sala de aula, e mesmo com a retomada do presencial em 2022, temos a certeza que nada será como antes. Adaptações foram necessárias com desafios de uma nova aprendizagem para professores e educadores, com o objetivo de desenvolver as aulas com o uso de ferramentas tecnológicas. Quem não conseguiu adaptar-se, precisou ser realocados e alguns outros, infelizmente foram desligados.

Diante de tantas perdas e incertezas, vieram junto o medo, angústias e emocionais abalados, que afastaram profissionais e alunos das escolas.

Em todo o mundo, professores e educadores vivem os desafios de recompor as aprendizagens após o período do ensino remoto, tendo o ano de 2022 como um ano desafiante para educação, e no Brasil não foi diferente.

Alguns desafios da educação que podemos chamar de pós-pandemica, na verdade são problemas que já existiam antes, e foram intensificados com essa condição, mas os principais são a evasão escolar e o retrocesso da aprendizagem.  

De acordo com o Censo Escolar, a taxa de abandono foi mais do que o dobro em 2021 (5%) ao compararmos com o ano anterior (2,3%). 

Segundo dados do Inep, um dos impactos importantes já identificados nas duas últimas edições do Censo Escolar foi o crescimento abrupto das taxas de aprovação da rede pública entre 2020 e 2021, quando comparadas com o período pré-pandemia (2019). No ensino fundamental dessa rede, o percentual de aprovados passou de 91,7%, em 2019, para 98,4%, no primeiro ano da pandemia (2020). Em 2021, a taxa caiu para 96,3% (ainda 4,6 pontos percentuais acima do registrado em 2019). Já no ensino médio público, a aprovação passou de 84,7%, em 2019, para 94,4% em 2020. O percentual foi reduzido para 89,8% em 2021.

 

Diante disso, um dos grandes desafios da educação pós-pandemia é sem dúvida, realinhar o aprendizado, trabalhando o que (não) foi perdido, já que mesmo que não tenham atingido nível de aprendizado suficiente, nenhum aluno foi reprovado, bem como resgatar esses alunos para que eles voltem a estudar e a se interessar pelos estudos. É necessário ressaltar que esse impacto de evasão, foi sentido por todas as instituições, sejam selas de ensino básico, profissionalizante e superior.

E o que foi possível observar nesse ultimo ano (2022), com a retomada das aulas presenciais?

Os desafios são muitos, isso é visível em todas as áreas e níveis da educação, mas é necessário focar naquilo de “bom” que ela trouxe, que foi o avanço do setor com a tecnologia. Sem dúvida diversos processos e ferramentas foram criados e eles trouxeram inúmeras possibilidades. 

Dessa maneira, utilizar ferramentas tecnológicas, ensino remoto, inovação e criatividade, como complemento da educação tradicional é algo que vai permanecer.

Quem sabe com a utilização dessas ferramentas, seja possível pensar em algo, que contribuam para a busca ativa desses alunos a nível nacional.

É urgente pensar ações necessárias para que cada criança, cada adolescente possa estar presencialmente na escola, sem exceção.

Dayse Xavier de Santana

Consultora e Especialista em Gestão e Educação

Rita de Cassia Cardoso

Mestre em Educação

 

 Fonte: MEC e Inep divulgam resultados do Saeb e do Ideb 2021 — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira | Inep (www.gov.br)

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