TUDO VIGIADO POR MÁQUINAS DE ADORÁVEL GRAÇA(*).

José de Almeida Bispo, 24 de Março, 2024 - Atualizado em 24 de Março, 2024

Sujeito que sou – como todo mundo – às leis da obsolência(**) da atualidade, troquei de máquina, obrigatoriamente, descartando meu “velho computador”, como diz o “hit” de Ritchie da década de 1980, na canção Voo de Coração.
E fui ver o que a nova tem.
Propaganda. Muita propaganda.
Tudo vem lincado à rede, popular internet.
Uma foto? Vem a sugestão de salvar (gravar) na “nuvem” (Onedrive, entre outros). Um texto no Word, uma planilha no Excel, um vídeo produzido no meu programa, uma música... falar em música, esse setor, de tão avançado, nas memórias eletrônicas e seu tráfego na internet, ao aparecer qualquer arquivo de som, os motores da rede – podem chamar de bisbilhoteiros, é o mesmo – rapidamente o identifica; sua autoria, e sua propriedade. Pirataria escondida? Jamais.
No caso da pirataria de música, uma pergunta: o artista, músico, compositor, arranjador, intérprete, enfim, os que trabalham, ganharam quanto? Nada! Nem mesmo as músicas no Spotfire, não pirateadas, óbvio, rendem nada. É pior que o velho ECAD.
O Spotfire só toca; não promove, como as antigas gravadoras faziam, que levavam os artistas de TV em TV e rede de rádio.
Mas, voltando para o conteúdo, em geral: o “streaming” aposentará todas as formas de reprodução de conteúdo, reduzidas a terminais eletrônicos, fixos: nos PCs, operados por programas, remotamente; e especialmente nos celulares (há quem sonhe com chips intra craneanos... e não duvidem dos loucos).
Livros, revistas, filmes, músicas (já em estado adiantado)... tudo em toda a mídia convergirá para o “streaming”. Na rede. “Ao vivo”.
É impressionante o número de “atualizações” - pedidos e imposições mesmo - que recebo diariamente no celular e até no PC.
Vem aí um tempo, no máximo dez anos, em que o portátil não plugado na internet, não existirá. Muito menos o fixo.
Ah, e sobre a minha nova máquina, um PC basicão, ao tentar nele instalar uma gravadora/leitora de CV/DVD dei com os burros n’água: de jeito nenhum. Claro, acredito que via portas USB (que ainda continuam, até quando, só Deus sabe), ou talvez mexendo na programação, que não está ao meu nível. Precisarei a ajuda dos universitários.
Rumo à dominação total. A Matrix em marcha acelerada.

(*) Título – e montagem da ilustração - tomado emprestado à BBC, do documentário homônimo.
(**) Termo ainda novo no linguajar geral, significa a vida programada de um produto; programado para sair de linha com determinado tempo de uso.

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