Gente Sergipana - José Alves dos Santos (Pombo). (por Antonio Samarone)
No início da década de 1960, a paixão política que movia Itabaiana terminou em sangue, com o assassinato dos dois coronéis rivais.
“A cidade se quedou paralisada.”
O doutor Pedro, depois Zé Queiroz, resolveu investir no futebol. Surgiu uma nova paixão. A cidade não tinha outro assunto. Virou a capital sergipana do futebol.
Apareceu Horácio de Carira, o primeiro ídolo. Um “center forward” veloz e bom finalizador. Um artilheiro.
Com o crescimento do Tremendão da Serra, surgiu oportunidades para a prata da casa, jogadores locais talentosos. Nessa safra, apareceu Pombo, um “left back” voluntarioso, viril, seguro. Na tradição de Nadinho de Manezinho Clemente e Honorino.
Em um treino, na semana do clássico contra o Sergipe, numa jogada despretensiosa, Pombo machucou Horácio, a esperança de gol. E agora, um desfalque fatal.
Houve uma revolta na cidade. Pombo precisava de uma lição, uma surra, até linchamento, se falava em tudo. Graças a Deus, Pombo está vivo.
Antonio Samarone (médico sanitarista)
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