A Villa dos Milagres. (por Antonio Samarone)
O Itabaianense é antes de tudo um devoto.
“Tantas vezes eu soltei foguetes, imaginando que a fé já vinha, fiquei no meu canto calado, sem saber a força que a devoção tinha.” Uma adaptação de um verso de Betânia.
Recebi a visita dos representantes dos Movimentos de devoção à Santa Dulce dos Pobres, em Itabaiana, com o convite para a peregrinação de 06 de agosto. Aceitei de imediato. Estou nessa!
Antes, vou para à caminhada de Santo Antonio Fujão, em 11 de junho.
Fui informado do carisma de Santa Dulce em Itabaiana e da força da devoção a ela. A cada dia uma nova surpresa.
Existem em Itabaiana: uma Casa Santa Dulce dos Pobres, que abriga 103 internos com problemas mentais (não são os dependentes químicos); os Missionários e Protetores de Santa Dulce, que distribuem comidas com os famintos; o Oratório do Padre Almir, para quem precisa de rezas e o Caminho de Santa Dulce, liderado por Ancelmo Rocha, de Salvador até o pé da grande Serra.
É muita gente! Os devotos acreditam que Itabaiana é a Cidade dos Milagres. Não foi somente o primeiro. São muitos. Quem sou eu para desacreditar. Milagres, verdadeiros ou falsos, eu acredito.
Até o Rotary de Itabaiana, o clube Nova Geração, aderiu aos missionários, além dos almoços e jantas tradicionais, eles estão ajudando aos pobres. Não duvidem!
A bela Igreja de Santa Clara, projeto do arquiteto Melcíades Souza, o nosso Gaudí, agora é de Santa Clara e da Santa Dulce. Melcíades ficou feliz.
Ainda ponderei que já era devoto de Santo Antonio, e devoção é como futebol, não se muda de time. Eles entenderam. Disseram que Santa Dulce também era devota de Santo Antonio.
Conhecendo a força da fé em Santa Dulce, em Itabaiana, entendi por que a Prefeitura de São Cristóvão luta, sem sucesso, para criar um caminho de fé, entre a velha capital e a Paróquia de Santa Dulce, em Aracaju. A primeira no mundo.
O Estado é laico no Brasil. A fé não depende de decretos municipais. O turismo não inventa santuários, procissões, peregrinações, sem um forte movimento de devoção.
O turismo religioso precisa de bases reais, não é somente uma estratégia administrativa. Assim era fácil.
A Santa Dulce dos pobres escolheu Itabaiana para os seus milagres ou o povo de Itabaiana escolheu Santa Dulce para depositar a sua fé? Acho que é a mesma coisa.
Tive uma premonição, em sonho: Itabaiana caminha para se transformar em um santuário, uma Ermida importante, da Santa Dulce dos Pobres. O local é belíssimo, no pé da grande Serra, onde os devotos já construíram um mirante maravilhoso.
Tudo construído sem dinheiro público. Apenas devotos, movidos pela fé.
A Santa pediu que a Ermida fosse ao lado do Parque dos Falcões. Os devotos atenderam e incluíram uma novidade: colocaram a causa ambiental na pauta das orações. A Ermida fica no Parque Nacional Serra de Itabaiana, e o cuidado com a proteção ao meio ambiente, faz parte da devoção.
Itabaiana é a terra dos milagres!
Antonio Samarone (um devoto de Santo Antonio)
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