CARTA AO GOVERNADOR (II) por Manoel Moacir Costa Macêdo

Manoel Moacir, 10 de Março, 2023 - Atualizado em 10 de Março, 2023

 


A Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil – CONFEAB, entidade nacional de representação dos Engenheiros e Engenheiras Agrônomos do Brasil, encaminhou ao Presidente e ao Vice Presidente da República do Brasil, uma carta com sugestões de políticas públicas para a agropecuária nacional. Na oportunidade, registrou que as referidas sugestões abrangiam as vinte e sete filiadas nos estados e Distrito Federal. No caso de Sergipe, a referência coube à AEASE – Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe.

Nesse segundo artigo, complemento da carta da AEASE ao Governador do Estado de Sergipe, constam as estratégias de gestão e metas esperadas, adições ao breve diagnóstico da realidade estadual e projetos prioritários à agropecuária estadual. Em acordo com os princípiosda publicidade e transparência estão transcritoscomo metodologia de planejamento as “cadeias produtivas e respectivas câmaras setoriais, alocação de recursos e paridade de membros da formulação à execução. Associativismo nas atividades daprodução ao abastecimento. Conselho Estadual de Agricultura, com participação dos agentes públicos e privados nos processos da produção agropecuária. Territorialidade estratégica, a exemplo do SEALBA -Sergipe, Alagoas e Bahia. Zoneamento Agrícola de Risco Climático - ZARC, seguro rural, estoques reguladores e informações estratégicas. Dimensionar o BANESE – Banco do Estado de Sergipe S/A às políticas públicas para a produção agropecuária nas respectivas cadeias, câmaras setoriais, territórios e cooperativas. Arranjo institucional das organizações públicas e privadas de ciência, tecnologia e inovação existentes no Estado, a exemplo da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Universidades, ITPS – Instituto de Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe, SERGIPETEC – Sergipe Parque Tecnológico, FAPITEC – Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe, entre outros, com objetivos, coordenação, responsabilidades, recursos e resultados”.

Espera-se no curso do mandato do executivo estadual “universalizar a assistência técnica pública aos pequenos e médios produtores rurais. Aumentar o número de produtores rurais atendidos pelo PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ofertar água potável para a população rural e irrigação na região semiárida e nos municípios carentes desse serviço público. Alfabetizar a população adulta residente no meio rural. Promover a pluriatividade agrícola, a exemplo do turismo rural, gastronomia, artesanato, derivados do leite e o extrativismo sustentável. Criar um programa de indicação e procedência e origem dos produtos agropecuários. Implantar a conectividade virtual e física entre o meio rural e o urbano. Evitar o desperdício, pelas técnicas de pós-colheita e o consumo integral dos alimentos”.

“Fome zero, sede zero, isolamento e analfabetismo adulto rural zero”, são valores conquistados pela civilização e inaceitáveis na atualidade. Parabéns à AEASE pela iniciativa em mostrar as competências da categoria dos profissionais da agronomia sergipana. Importante referir que similares propostas têm sido formuladas por um grupo de engenheirosagrônomos identificados como “Repensar a AEASE”.Sugestões postas, a vez agora é de planejar, realizar, acompanhar e avaliar os resultados.

 

Manoel Moacir Costa Macêdo, é engenheiro agrônomo e advogado.

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