Divina Pastora do povo brasileiro

Jerônimo Nunes Peixoto, 14 de Outubro, 2023 - Atualizado em 14 de Outubro, 2023

 

Pastora e Mãe, Rainha e Padroeira, Serva do Amor e da Vida Plena, pequenina de Nazaré, grandiosa no Seio da Trindade Santa, porque assumiste as dores, as fadigas, as agonias de tantas mulheres mães, operárias, lavadoras, diaristas, lavadeiras, andarilhas solitárias e açoitadas pelas injustiças.

Aos algozes de teu Filho mostraste um coração de paz, de silêncio orante, de vida fundamentada na espiritualidade da partilha solidária. Às mulheres chorosas, no caminho do Calvário, deste teu colo amigo. Ao casal de Caná revelaste a Alegria imorredoura do Vinho Novo, festa eterna de uma felicidade indizível.

Em Aparecida, assumiste a pele negra, quando havia tantos pretos escravizados, em situação desumana. Em cada canto do universo, tua maternal presença revela o Amor de Deus, sob a forma terna e maternal. Teu colo suporta todos os pequeninos, marcados pela descaso de tantos e tantas...

Em todos os corações humanos bate o sonho de um mundo novo. Em teu coração pulsa a fé que torna renovado o viver, mesmo em meio às agruras injustas e desumanas que recaem sobre os ombros dos povos que habitam os rincões distantes, separados por cercas de indiferença e de ódio.

O Brasil te chama de Mãe e Rainha, mas ainda vive situações dissonantes do teu Sim. Há um manancial de dor no coração de tantas mães, Marias sem nome, sem trabalho, sem salário e sem desejo de viver, porque falta aquele amor que devotaste a Jesus.

Em Sergipe, sob a condição de Padroeira, fizeste-te a Divina Pastora, a mesma Mãe Imaculada, a servidora de todos: dos indígenas injustamente dizimados, dos pretos escravizados, dos pobres que derramam suor e sangue, no cais, no canavial, nas malhadas e nos currais.
Teu materno amor nos alenta a singrar ondas revoltas, a enfrentar ventos contrários de uma mentalidade política tacanha que olvida os reais interesses do povo, sob certas pretensões de falso louvor a Deus.

Volve teu olhar sobre todos os brasileiros, neste mês em que és celebrada, pelo Rosário, pelo Círio, pela Aparecida das águas e pelo Pastoreio materno. Ah, Mãe do Amor e da ternura! Quanto ainda nos resta para dizermos o "faça-se" proferido com os gestos e com o coração, muito mais do que com os lábios.

Abençoa o Povo brasileiro, Santa Maria de todos, Mãe da Esperança, Divina Pastora dos cristãos, de todas as etnias, de todas as classes, de toda a humanidade. Apresenta- nos a Ele, Caminho, Verdade e Vida!

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