O BRASIL ENTRE A DEMOCRACIA E O FASCISMO
O BRASIL ENTRE A DEMOCRACIA E O FASCISMO
Por Carlos Braz
Os brasileiros vivenciarão nesta semana que hoje começa um dos mais importantes momentos de nossa curta vivencia sob a égide do Estado Democrático de Direito. Vamos escolher através do voto direto o porvir que almejamos para a mãe pátria, não tão amada por aqueles que se dizem patriotas, mas sim vilipendiada e traída.
É a historia do tempo presente conclamando os cidadãos para escreve-la. Somos nós que decidiremos se continuamos um pais livre ou se optaremos pelo autoritarismo que nos permeia há tempos, sendo o golpe institucional defendido abertamente e construído sobre alicerces fantasiosos, venais, ilusórios, onde os interesses políticos e pessoais se sobressaem ante o desejo preponderante de cidadania.
Os dois candidatos ao poder são bem conhecidos por todos que enxergam pela ótica da realidade, longe da alienação e da ideologia tão comum entre os fanáticos.
Luís Inácio Lula da Silva traz na bagagem a mácula do petrolão e do mensalão, entre outros deslizes que marcaram sua gestão, como os empréstimos do BNDES às nações ideologicamente alinhadas, valores que poderiam ser aplicados em nosso desenvolvimento econômico e social.
Por outro lado desenvolveu programas de inclusão social e educacional que permitiram o acesso às universidades, e impactou diretamente no dia a dia dos deserdados que tinham a fome como rotina. O inicio da transposição do Rio São Francisco também foi uma marca positiva dos anos petista, que, a meu ver, poderiam ser mais pródigos, nos trazendo benefícios duradouros.
Quanto a Jair Bolsonaro, adentrou à politica sem mascarar seus pensamentos e ideais: um projeto com evidentes características fascistas, como a força da autoridade, as promessas minuciosamente escolhidas, o descrédito das instituições que prezam pelo cumprimento das leis, temas que foram assimilados integralmente tanto pelos menos esclarecidos quanto pelos que fazem parte da elite intelectual e financeira, profissionais liberais, políticos processados por crimes de corrupção e militares, tradicionais golpistas antidemocráticos, como nos mostra a História.
Com um histórico familiar marcado por acusações do uso da prática conhecida como rachadinha, poucas metas prometidas foram cumpridas, e a e a eclosão de escândalos de corrupção em alguns órgãos derrubou o seu discurso moralizador, bem como as açoes inéditas inéditas como o orçamento secreto e o sigilo de 100 anos a determinados documentos oficiais, o que leva a supor que algo de podre não pode ser de conhecimento público.
Contudo, seu maior legado para a história foi o negacionismo em tempos sinistros que vivemos com a epidemia de COVID 19.
Enquanto a grande maioria dos países se mobilizavam para vacinar a população, por aqui imperava o descaso que causou milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas se ações pontuais fossem efetivadas. O que se viu foi a suspeitas de pedido de propina, a insensibilidade ao não respeitar os mortos e suas famílias e a indicação de remédios ineficazes contra o vírus. Vimos diariamente o litigio entre a ignorância e a ciência e, ao final do seu primeiro mandato, a fome e a carestia assolam os consumidores.
Ao que se saiba, não promoveu avanços significativos que possam ser considerados fundamentais para o desenvolvimento da educação das ciências ou da infraestrutura que precisamos para alavancar o desenvolvimento social. Renomeou os projetos sociais do seu antecessor e incentivou a posse de armas pela população civil.
Fatos positivos que possam ser comprovados por analistas idôneos, se perdem em meio a tantas atitudes descabidas para um líder, que deveria ensinar pelo exemplo.
Quando a polarização é extrema, como ocorre na cena atual, políticos e simpatizantes consideram os rivais como ameaças letais, não hesitando em rotula-los com os mais perversos adjetivos, que parece questionar o direito e o conceito de oposição legitima.
O apelo bilateral às fake news difundidas nas pelas redes sociais, atuam como o lado sujo da campanha já que induz o eleitor ao erro. É nesse âmbito, onde se confundem sensatos e histéricos, que a intolerância alimentada pelo discurso de ódio, leva à violência latente nos militantes mais inconsequentes.
Entendemos que a democracia ameaçada precisa sobreviver acima de tudo, em todos os sentidos, e esta decisão está em nossas mãos. A constituição cidadã de 1988, se respeitada, nos permite conviver pacificamente, como ocorreu até tempos atrás.
Não vale a pena a aventura de um regime tutelado por militares, um totalitarismo que só nos levaria à tirania legalizada pelo voto, à exemplo do ocorrido na Itália de Mussollini, na Alemanha de Hitler ena Venezuela de Chaves.
Então, vamos todos às urnas no dia 30 de outubro de 2022 e votemos conscientes de que estamos escrevendo mais uma página da nossa história, repudiando o retrocesso político, e a desordem social oriunda de uma nação armada.
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