O VALOR DA MENTIRA

Carlos Braz, 04 de Dezembro, 2022 - Atualizado em 05 de Dezembro, 2022

O VALOR DA MENTIRA

Por Carlos Braz 

A notícia falsa antes desprezada e reconhecida como uma prática antiética e imoral, própria dos cafajestes e indivíduos de má reputação torna-se na contemporaneidade um fenômeno global, expandido exponencialmente com o advento da internet e suas redes sociais.

Agora denominada como fake news, o uso desta pratica nefasta influência decisões que podem interferir no futuro de milhões de pessoas em todo o mundo, como também pode tirar a vida de alguém, destruir reputações, bem como gerar dividendos astronômicos para os mais “espertos”.

Contudo, a mentira com objetivos diversos é usada desde os primórdios da humanidade. Como exemplo citamos o conclave católico de 1522 que terminou por ungir Adriano VI como Papa, após a divulgação de panfletos que revelavam os segredos mais torpes dos outros cardeais concorrentes ao posto máximo do catolicismo romano.

Nos dias de hoje, as mentiras veiculadas pelos meios eletrônicos com o intuito de beneficiar alguém ou um determinado grupo infestaram as redes sociais e levam muitos a tomarem  decisões que podemos classificar de irracionais. São lorotas destinadas a ludibriar os incautos e os fanáticos ávidos por fatos que possam justificar seus argumentos e atitudes.

No universo das fake news não cabem relativismos, tipo os fins justificam os meios, nem discussões filosóficas. Trata-se simplesmente de informações enganosas. É o desconhecimento de uns aliado ao oportunismo de outros que as impulsionam irresponsavelmente. Contribuem para o sucesso dessa estratégia que se tornou prática comum, os “pseudos” jornalistas nascidos no ventre do You Tube, Facebook, Twitter  e outros meios digitais.

Já o jornalismo profissional, compromissado com a verdade, combate veementemente essa realidade,  adotando  rígidas iniciativas de checagem de fatos, em busca da credibilidade, essencial quando no âmbito dos orgãos de comunicaçoes e publicidade.

 Nos tribunais superiores do nosso país já se discutem a criação de leis severas que possam punir aqueles que disparam inverdades em busca de fama, likes ou créditos monetários. No entanto, o combate às fraudes, encontra resistências no entre aqueles que fazem delas uma arma vital para conseguir determinados objetivos.

Pesquisas realizadas por instituições renomadas internacionalmente demonstram claramente o alcance das fake news. Em uma delas constatou-se que os brasileiros são os que mais dão credibilidade às notícias falsas. 62% admitem que tomaram calúnias como verdades sem ao menos questionar a fonte da informação.

Já outro estudo demonstrou que as noticias falsas se propagam 70% mais rápido que as noticias verdadeiras.

A estratégia usada pelos profissionais da mentira incluem o uso de nomes de artistas e outras pessoas famosas, o alto teor emocional das mensagens, que dizem o que determinado grupo que ouvir, ou ainda a ocorrência de fatos que geram interesse coletivo, como as ações violentas, flagrantes de celebridades, mortes de políticos ou estrelas pop.

Nesse universo, os grupos de WathsApp, pela sua praticidade, rapidez e fácil acesso, são relevantes como principais difusores de conteúdo duvidoso, ou simplesmente fictício

Diante do crescimento dessa nefasta erva daninha que a todos prejudica, fazem-se necessárias medidas judicias que responsabilizem tanto as plataformas digitais que são utilizadas pelos fraudadores da verdade bem como as pessoas que delas se utilizam.

Como se viu nas eleições brasileiras concluídas em 30 de novembro desse ano uma fake news disseminada tem um poder avassalador de manipular a opinião pública, e seu valor alcança quantias estratosféricas.  

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