A Condição Humana. (por Antonio Samarone)

Antonio Samarone, 28 de Novembro, 2023 - Atualizado em 28 de Novembro, 2023

 

Me mandaram essa foto, onde uma pessoa dorme na calçada, no centro de Itabaiana, com uma pergunta: você não disse que não existia morador de rua em Itabaiana?

Disse e reafirmo. No caso, não se trata de morador de rua empurrado pela miséria econômica ou social. A pessoa da foto é um conhecido de todos, de familia tradicional. Uma pessoa pacata, de boa indole, que já foi bem de vida, e possuía um vasto circulo de amizades.

O amigo da sargeta é alcólatra, dependete do álcool. Uma doença que a medicina não sabe tratar, talvez um doença incurável. A medicina oferece paliativos, cuida dos efeitos, das sequelas. A dependência por álcool, quando se consegue algum resultado é a abstinência temporária.

Os Alcólicos Anônimos são bem sucedidos, em alguns casos.

Essa abstinência temporária reequer vigilância diária, para evitar-se reacaídas. O trabalho dos Alccólocos Anônimos, para funcionar, precisa da completa adesão dos dependentes.

Qualquer outra assistência, médica, hospitalar, religiosa, batalhões de fé, será sempre um paliativo, que carece da vigilancia diaria, para manter-se a abstinência.

É essa a ajuda que Fernando Pinto Monteiro necessita.

Não se trata de uma questão moral. Trata-se de uma doença grave.

O alcoolismo é uma enfermidade esquecida, minimizada, naturalizada, transformada em questão moral, com fortes preconceitos.

Não se trata de falta de vontade, que a pessoa resolveu morrer, que é um suicidio lento. Não! É uma doença complicada, que mesmo a pessoa querendo tratar-se, precisa de ajuda.

A indústria do alcool é poderosa, produz uma droga liberada, e de consumo estimulado pelos meios de comunicação. Os males do álcool são escondidos. E não são poucos.

Conhecemos Papinha de Seu Abidon desde a infância, um menino do bem, mas desde cedo farrista, com sinais de dependência. Essa foto, bateu fundo em meu coração, me incomodou, me impôs um peso não consciência.

Como ajudá-lo? Papinha não precisa de preconceitos, nem de indiferenças.

Papinha, você não pode está só, você de tantos amigos, de familia numerosa, de tantas festas e tantas alegrias. Os missionarios de Santa Dulce, são numerosos em Itabaiana.

Antonio Samarone – médico sanitarista.

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