Itabaiana, cidade dos milagres (2). (por Antonio Samarone)

Antonio Samarone, 21 de Dezembro, 2023 - Atualizado em 21 de Dezembro, 2023

 

No Brasil, a instituição igreja católica se enfraqueceu nos últimos anos. Itabaiana não fugiu a regra. Entretanto, a religiosidade não foi abalada. Pode ter mudado de foco.

Entre os católicos, as manifestações de devoção a Santa Dulce dos Pobres cresceu rapidamente. Não sei explicar. O fenomeno é visível. Estou constatando.

Em Itabaiaiana, a força de Santa Dulce é crescente.

Irmã Dulce faleceu em 1992. Foi canonizada em 2019, faz pouco tempo. Entretando, o primeiro milagre (2001), foi em Itabaiana. Esse milagre foi reconhecido pela Santa Sé, em 2003. O Papa era João Paulo II.

Talvez esse milagre tenha despertado a religiosidade ancestral do Itabaianense, centrada em torno dos milagres. Um milagre novo!

Por que o milagre foi em Itabaiana? Na visão religiosa, nada acontece por acaso. A força espiritual da religiosidade não é uma abstração.

No mesmo ano da santificação (2019), Itabaiana construiu o Oratório de Santa Dulce. Foi celebrada a primeira missa e realizada a primeira peregrinação: saindo da Maternidade São José até a Ermida da Santa.

Em 2019, iniciou-se o Movimento Campistas de Assis em Itabaiana. No momento, está em construção, numa reserva de Mata Atlântica na tríplice fronteira (Itabaiana, Moita Bonita e Malhador), uma estrutura de apoio aos acampamentos, locais adequados as orações.

Em breve, Itabaiana atrairá milhares de pessoas em busca da evangelização.

Eu fui conhecer o acampamento dos Campistas de Assis, para mim uma novidade. Uma estratégia de evangelização integrada à natureza. Os fiéis ficarão em barracas, nas matas proximas. São trilhas sagradas.

Em 2020, foi inaugurada em Itabaiana a Casa Santa Dulce. Eu também fui conhecer, para não falar por ouvir dizer.

A Casa acolhe 240 pessoas abandonadas. Gente estropiada pela vida. Essas pessoas levam uma vida digna, cumprindo a sua sina, acolhidas pela caridade.

Surgiu em Itabaiana, uma congregação leiga de devotos, denominada Missionários e Protetores de Santa Dulce. São eles, sempre em parceria, que tem assumido a coordenação da grande obra de caridade de Santa Dulce.

A Casa Santa Dulce em Itabaiana é mantida pelos devotos de boa vontade.

No Brasil, não existem instituições públicas para essa gente. Em Itabaiana não existe “morador de rua”, a caridade cristã acolheu. Eu vi!

Em 2021, foi aprovada a Lei estadual 8.917, transfromado Itabaiana na Capital do primeiro milagre. Os devotos fizeram a generalização: Itabaiana virou a cidade dos milagres.

Em 2022, inciou-se o projeto Sopa de Santa Dulce no Riacho Doce, uma parceria entre os Missionários e Protetores de Santa Dulce e Rotary Nova Geração. São distrubuídas cem cestas básicas.

Em 2023, surge a lojinha Santa Dulce do Riacho Doce, um bazar permante de vendas de imagens, amuletos e relicários da Santa.

Um fato importante, Santa Dulce foi entronizada co-padroeira da igreja de Santa Clara, uma joia arquiteônica de Melcíades.

Em 2023, ocorreu a segunda peregrinação até a Ermida, no pé da Serra de Itabaiana, nas proximidades do Parque dos Falcões. Essa foi gigante.

Não posso deixar de destacar o papel de um peregrino ilustre, um homem que conhece o mundo, familiarizado com o Caminho de Santiago, na Espanha. Esse itabaianense mora em Salvador, mas o coração permanece no pé da Serra.

Esse mesmo peregrino criou a trilha da fé (Salvador – Itabaiana), invistiu na infraestrutura cultural da cidade, com recursos próprios. Ele enxergou antes, a força da religiosidade em Itabaiana.

A hora é de somação.

Eu não citei os nomes dos coordenadores dessa cruzada de fé e caridade, em Itabaiana. Eles preferem o anonimato. Não querem holofotes.

Devo ter esquecido fatos importantes dessa trajetória de fé, que marcará a história de Itabaiana.

No Proximo sábado, 23 de dezembro, será celebrada uma missa no local onde será contruido o Complexo Missionário dos Protetores de Santa Dulce, no povoado Lagamar. Uma obra maravilhosa, que mudará a realidade da devoção na Região.

Um Complexo de Fé (eu já chamo de Santuário) gigantesco, num espaço de 60 mil m². Uma Santa Dulce de 70 metros, a maior do Brasil.

A obra cultural do Complexo, será coordenada pelo artista plástico Félix Sampaio, um nome internacional. Será uma oportunidade de integrarmos os artistas locais ao projeto.

Com o Complexo de fé, Itabaiana atrairá dezenas de milhares de fieis, em busca da salvação.

Deus me perdoe! Naturalmente, será criado um polo de atração turístico. Não se trata da exploração comercial da fé. É uma cosequência.

A realidade aponta para a criação de um novo polo de desenvovimento econômico em Itabaiana: O turismo religioso ambiental. Aqui entra o Poder Público, criando a infraestrutura necessária ao polo turistico.

O grupo político no poder em Itabaiana, enxerga com clareza essa realidade. Está pronto para fazer a sua parte.

A igreja católica está pronta para assumir essa caminhada de fé, caridade e devoção. O caminho apontado pelo Para Francisco.

O turismo religioso ambiental em Itabaiana, será um impulso ao crescimento do comércio. Criar-se-á novos empregos. Abre-se possibiliaddes de novos investimentos, em equipamentos necessários ao turismo.

Mais um milagre de Santa Dulce dos Pobres.

Antonio Samarone. Secretário de Cultura de Itabaiana.

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