SEALBA ALÉM DA CONSOLIDAÇÃO por Manoel Moacir Costa Macêdo

Manoel Moacir, 09 de Fevereiro, 2022 - Atualizado em 09 de Fevereiro, 2022

 


Com alegria e contentamento, louvo mais uma vez o “SEALBA AGRO SHOW 2022”, patrocinado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe - FAESE e SEBRAE Sergipe e apoiado por organizações e entes municipais, estaduais e do terceiro setor, realizado de 10 a 12 de fevereiro corrente, em Itabaiana, no agreste sergipano. Uma agenda robusta de inovações formataram a sua programação. Na divulgação, além de fotos e vídeos com um colorido de bom gosto, chamou a atenção em tom maior: “a maior feira agropecuária do Nordeste”.

Para o público em geral, uma feira igual a tantas outras. Não é verdade, o SEALBA é mais que isso. É uma proposta de desenvolvimento rural concebido pela metodologia da territorialidade estratégia, elaborado por uma equipe qualificada de pesquisadores e disponibilizado em 2015 por uma organização de ciência e tecnologia agropecuária, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, mais especificamente por uma das suas Unidades de Pesquisa, a EMBRAPA Tabuleiros Costeiros, localizada em Aracaju, Sergipe.

O SEALBA é uma contradição ao considerar “a ciência uma instituição restrita a hermética comunidade científica e redes de acadêmicos e intelectuais. Esse hermetismo faz da ciência um fetiche nos países periféricos, como o Brasil, onde os investimentos e incentivos às inovações tecnológicas, são reduzidos e inacessíveis às demandas da sociedade”.

Não é trivial, uma iniciativa de uma organização de investigação científica, ser adotada pelo setor produtivo. Normalmente, as inovações são apropriadas por parcerias público-privadas e protegidas pelo marketing empresarial, ou são encomendas privadas, protegidas pela lei de propriedade intelectual, onde os criadores são apartados das criaturas. O caso do SEALBA, mais uma vez foi diferente.  Uma entrega com nome de origem, autores, sem custos e transferida diretamente aos entes públicos e ao setor produtivo. De um lado, por seminários ministrados aos governos estaduais de Sergipe, Alagoas e Bahia. De outro, pelas atividades de difusão e transferência de tecnologia promovidas pela EMBRAPA Tabuleiros Costeiros, agências de assistência técnica e extensão rural estaduais, representações corporativas, produtores e empreendedores rurais. No lapso temporal de 2015 a 2022, o SEALBA foi pautado por programas de rádio, televisão, artigos de jornais, e mereceu atenção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, da COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, a exemplo do  zoneamento agrícola de risco climático, do planejamento estadual da agropecuária e o artigo: “SEALBA: um território em consolidaçãopelos engenheiros agrônomos Manoel Moacir Costa Macêdo, Antônio Dias Santiago e Sergio de Oliveira Procópio”.

Para os leitores expostos pela primeira vez ao SEALBA, eis uma resumida identificação. “Dentre as regiões agropecuárias do Nordeste do Brasil, a região formada por municípios dos Estados de Sergipe, Alagoas e Nordeste da Bahia, foi identificada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros como de potencial agrícola, ainda pouco explorado. Essa organização territorial denominada de “SEALBA”, termo formado pelas siglas dos Estados de Sergipe, Alagoas e Bahia, é constituída por 171 municípios, sendo 69 municípios localizados em Sergipe, 74 em Alagoas e 28 no Nordeste da Bahia e com uma população aproximada de cinco milhões de habitantes”.

Em algum lugar está registrado e protegido por ordem de vencedores, por isso a história é uma ciência com vieses analíticos, o documento “SEALBA - REGIÃO DE ALTO POTENCIAL AGRÍCOLA DO NORDESTE. Sergio de Oliveira Procópio; Marcus Aurélio Soares Cruz; Márcio Rogers Melo de Almeida; Lauro Rodrigues Nogueira Júnior; Luciano Alves de Jesus Júnior; Natalia Souza dos Santos - Embrapa Tabuleiros Costeiros, Aracaju, Sergipe”. Essa primeira publicação, referenciada por conteúdos teóricos e ilustrações, foi entregue em mãos à direção superior da EMBRAPA, onde recebeu apoio e inclusão no portfólio da Unidade de Pesquisa especializada no tema. Parabéns ao pesquisador Sérgio Procópio que liderou essa empreitada vitoriosa, a Antônio Santiago qualificado apoiador do SEALBA como pesquisador e dirigente público do Estado de Alagoas, aos produtores rurais, às representações corporativas e aos realizadores e apoiadores desse exitoso evento. O SEALBA não é uma promessa, é uma realidade.  A história é vingativa quando não se dá a “César o que é de César”.

 

Manoel Moacir Costa Macêdo é engenheiro agrônomo

O que você está buscando?

google-site-verification=GspNtrMqzi5tC7KW9MzuhDlp-edzEyK7V92cQfNPgMc api.clevernt.com/3ed9a8eb-1593-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/ google-site-verification=GspNtrMqzi5tC7KW9MzuhDlp-edzEyK7V92cQfNPgMc UA-190019291-1 google-site-verification=GspNtrMqzi5tC7KW9MzuhDlp-edzEyK7V92cQfNPgMc